tag:blogger.com,1999:blog-29274856201599061642024-02-07T15:16:02.206-03:00Achologias (as minhas, eu acho)Achar é o mais longe que podemos ir nesse universo repleto de segredos, sussurros, incompreensões, traumas, sombras, urgências, saudades, desordens emocionais, sentimentos velados, todas essas abstrações que não podemos tocar, pegar nem compreender com exatidão. Mas nos conforta achar que sabemos.
(Martha Medeiros)Sherolhttp://www.blogger.com/profile/00840514922679987570noreply@blogger.comBlogger106125tag:blogger.com,1999:blog-2927485620159906164.post-6505728039913135622021-12-19T16:05:00.010-03:002022-01-15T16:19:36.925-03:00Devaneios pandêmicos #12<p> Tô bem blogueirinha e fiz um vídeo.</p><p>Sobre a "nova" solidão da mulher negra...</p><p>Assistam, ou não.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/VD0hAv9Iopg" width="320" youtube-src-id="VD0hAv9Iopg"></iframe></div><br /><p>Falei 10min, mas faltou uma coisinha.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/JpK4J909dRI" width="320" youtube-src-id="JpK4J909dRI"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Até mais pessoal!!</div><br /><p><br /></p><p><br /></p>Sherolhttp://www.blogger.com/profile/00840514922679987570noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2927485620159906164.post-60841667959431127362021-10-28T11:00:00.005-03:002022-01-15T16:00:22.906-03:00Parabéns pra mim!<p> Hoje é meu aniversário!!</p><p>41 anos de muita vida <3</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/TVTy7jid91c" width="320" youtube-src-id="TVTy7jid91c"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">PARABÉNS PRA MIM!!</div><br /><p><br /></p>Sherolhttp://www.blogger.com/profile/00840514922679987570noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2927485620159906164.post-48527786013505259532021-09-20T00:44:00.003-03:002021-09-20T00:44:58.012-03:00Devaneios pandêmicos #11<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggAYk-RJnlm35a80Ju2quIJk1c75zwhIl-Gf1bLQYZ2_bW1vxSprd_CjXMJIRjgPgMsq4Y1jEWhgvUBcfaDXzx9cKfh4Qs6knXcM5bkzXdtYZYKqgRm28ypSBLTJJCJIVfLwnfbcTF2k9I/s1920/IMG_20210919_231244_097.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1920" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggAYk-RJnlm35a80Ju2quIJk1c75zwhIl-Gf1bLQYZ2_bW1vxSprd_CjXMJIRjgPgMsq4Y1jEWhgvUBcfaDXzx9cKfh4Qs6knXcM5bkzXdtYZYKqgRm28ypSBLTJJCJIVfLwnfbcTF2k9I/s320/IMG_20210919_231244_097.webp" width="180" /></a></div><br /><p><br /></p><p>Eu não gosto da porta do banheiro aberta, mas hoje sentei no sofá e antes de levantar pra fechar senti orgulho.</p><p>Meu banheiro tá tão bonitinho❤</p><p>E é tão meu. Lutei tanto pra ter minha casa e decorar do meu jeito...</p><p>Ah... momento de sentir orgulho e felicidade. </p><p><br /></p>Sherolhttp://www.blogger.com/profile/00840514922679987570noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2927485620159906164.post-52514313895208759482021-09-01T10:48:00.002-03:002021-09-01T10:48:32.890-03:00Devaneios pandêmicos #10<p> Do Tik Tok pra cá porque sim.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dwCA9iRDe3-EuGrkZB9P4EBZr0bfMPRToW0JSEmQ_mZUrM2jKrl2uSWZkDiTDyuakg0LYny4FES55KE1dHPmA' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><br /><p><br /></p>Sherolhttp://www.blogger.com/profile/00840514922679987570noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2927485620159906164.post-19391017382298577012021-08-27T19:25:00.001-03:002021-08-28T17:30:10.420-03:00Heartbreak Anniversary - Mais uma de fossa.<p>Dessa vez não farei playlist.</p><p>Mentira 😂😂 Farei sim. Tudo tem trilha sonora.</p><p>Hoje faz exatamente 1 ano do fim de um namoro de 2 anos (um pouco menos segundo a PM, vulgo, ex) que me fez feliz.</p><p>Toca aí <a href="https://youtu.be/qU-IvEw_n0E" target="_blank">Heartbreak Anniversary</a> do Giveon bem alto pra sofrer com classe!!</p><i>Just like the day that I met you, the day I thought forever<br />Said that you love me, but that'll last for never<br />It's cold outside like when you walked out my life<br />Why you walk out my life?</i><br /><div><p>Sim, eu fiquei despedaçada, decepcionada, triste e rejeitada, porém orgulhosa de mim.</p><p>Eu, depois de tantas feridas e cicatrizes, aprendi a ser completa, a não precisar de ninguém e me permiti querer alguém.</p><p>E eu sinceramente me orgulho disso.</p><p>Dá trabalho se enxergar como alguém completo na solteirice, num mundo que te cobra uma vida em par. Eu vivi um casamento de mais de 10 anos projetado para ser <i>pra sempre</i>, onde amadureci muito, cresci e floresci gerando o Teodoro e de repente aquele mundo acabou e precisei me reconstruir. E nesse processo de colar pedacinhos de sonhos eu achei que nunca mais seria capaz de me interessar por amar alguém.</p><p>Aí temos <a href="https://www.youtube.com/watch?v=1HPyLrS4iX4" target="_blank">Fulminante</a>!</p><i>Aí você vem, me deu proteção<br />Baixou minha guarda, mexeu com a emoção<br />Tiro fulminante no meu coração<br />Já era, já era</i><p>Como eu disse, eu andava bem solteira e bem feliz, finalmente experimentando a sensação de felicidade na solidão. </p><p>Solteira, porém não sozinha. O dito (não vou nomear pra não ser processada hahahahah) cruzou meu caminho a primeira vez em 2016, precisamente numa das comemorações dos meus 36 anos. Rolou uma boa química e tudo, mas não passou disso. </p><p>Em 2018, num rolê aleatório no viaduto batemos os olhos de novo. Como não sou de perder tempo catei o contato lá nas profundezas do whatsapp e mandei o famigerado "oi sumido".</p><p>E dessa vez a coisa deslanchou. Voltamos a nos ver em julho e em agosto já nos víamos umas 3 vezes por semana, em setembro ele conheceu o Téo. E pronto, pra mim já era namoro.</p><p>Tudo fluiu tão bem.😍</p><p>E percebi que tava realmente disposta a me envolver e deixar alguém entrar na minha vida quando ele fez merda e eu quis ficar ao lado dele, mesmo podendo simplesmente sair, dizer um lacônico e cínico "<i>é complicado...</i>" e fingir que ele não existia. Eu sentei do lado dele, chorei junto e pensei: "Tô contigo.".</p><p>Eu senti que devia baixar a guarda e me deixar levar.</p><p>O início oficial só veio depois de muita conversa, o que devo dizer é novidade pra mim. Conversar foi o grande aprendizado desse relacionamento, ele achou que falei pouco e me abri pouco, mal sabe ele a vitória que foi. Pela primeira vez me senti forte o suficiente para dizer algo sem medo de que a pessoa fosse embora. Eu não tinha mais medo de ficar "sozinha".</p><p>A diferença de idade foi a minha primeira insegurança (por que 13 anos não são 13 dias né), mas ele disse que não era problema, e mais que dizer, ele me fez acreditar que não era. Muitos diriam que ele fez o "mínimo", mas só quem não nasceu negra num país racista não valoriza esse suposto mínimo. Sentir "eu mereço ser bem tratada" é uma luta para alguém que passou a adolescência sendo preterida e depois foi ejetada do seu projeto família feliz.</p><p>E também é um processo bem intenso amar um homem negro num país que brutaliza esses homens diariamente. Deixar de lado os esteriótipos machistas e racistas e abraçar uma relação que compartilha essas feridas e ser capaz de construir afeto é revolução.</p><p>Tudo bem que sou meio ONG de macho, confesso!!! A <a href="http://achologias.blogspot.com/2021/05/devaneios-pandemicos-3.html" target="_blank">Deia </a>que me perdoe😁. Mas eu me entrego de um jeito que sim, dou meu CEP sem cobrar aluguel, divido a comida, leio e corrijo trabalho de faculdade e indico vaga de emprego.</p><p>Mas também não entrego a toa. Eu tive o que precisava: carinho, parceria, bom papo, sexo e intimidade.</p><p>É gente, deixei o Cazuza com inveja, por que sim, eu tive a sorte de um amor tranquilo. Tive a coragem de me deixar levar por algo sólido e intenso, deixei que alguém me visse. E ele me viu e decidiu ficar. Eu amei cada detalhe dessa entrega, e busquei reabrir meu coração ferido.</p><p>Eu conheci alguém que me via, ouvia e sentia, mas não fui capaz de fazer o mesmo. Ou melhor, fiz mas fiz com medo, dizem que gato escaldado tem medo de água fria né?<br />Mas ok. Nunca é tarde. Me desafiei a enfrentar esse medo, e pela primeira vez em décadas falei sobre ter medo de não dar conta, de não saber como segurar a grandeza de um amor tranquilo. E descobri que falar é difícil, mas superar um medo é muito mais.<br /><br />Enquanto isso ele me via, ouvia e sentia. E puta merda, como faz(ia) isso bem! Que sorte a minha! O problema é que esse poder de me olhar, fez ele enxergar as minhas zonas mais densas, e daí permanecer não foi mais possível. É mar desaguando no rio, violentando o rio, tirando o seu curso.</p><p>E assim ele foi.</p><p>Li essa semana um texto no Instagram da revista TPM que resume bem: <a href="https://www.instagram.com/p/CS7xC1GJPBI/?utm_medium=copy_link" target="_blank">uma mulher sobrecarregada é insuportável</a>. E eu estava realmente exausta em 2020, até já contei por <a href="http://achologias.blogspot.com/2021/07/sou-aquela-que-merece-carinho-e-terapia.html" target="_blank">aqui</a>...</p></div><div>Em maio ele começou a me deixar, só hoje sei disso. Foi quando ele decidiu que não valia a pena segurar minha mão na escuridão. Ele levou alguns meses pra organizar onde morar, um emprego melhor e partir. Foi ruim pra mim perceber isso porque minha primeira reação a essa constatação foi confirmar de que só posso ser amada se eu for "útil". Levei tempo pra remover esse pensamento da minha cabeça. Ainda é uma sombra sobre mim, confesso. Mas eu acendi a luz e posso encará-la de frente agora.</div><div><br /></div><div>Em agosto, depois de passarmos um mês de julho bem cansativo com obra no meu apê, ele me mandou uma mensagem dizendo "não dá mais". Fiquei até tonta. Demorei pra entender que o cara da conversa estava terminando um relacionamento por mensagem. Uma vez reli a conversa e percebi que nem respondi direito as coisas. Perdi o chão.</div><div><br /></div><div>Entre os argumentos dele estava o fato de que eu não "me abria", "não fazia questão" e etc. E eu só pensava: "porra! 2 anos depois essa conversa??!!". Aos poucos fui entendendo de que ele se sentia inseguro com a minha segurança. Ele até usou uma parábola pra explicar (por mensagem... acreditem...)</div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNnJgFjbPWc_Ow8pExaDlrZWnHcv0Sa8poJN3LELyuAGLoudNcBvBiezgGYIMZK2x43FUD8z6AOKryzXMPrcHhDzXIBGZTgirazclECiGc0Lr7H7UUGTZ4_guEV_2UaahT7Jzzy_695LZN/s1465/Design+sem+nome.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1172" data-original-width="1465" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNnJgFjbPWc_Ow8pExaDlrZWnHcv0Sa8poJN3LELyuAGLoudNcBvBiezgGYIMZK2x43FUD8z6AOKryzXMPrcHhDzXIBGZTgirazclECiGc0Lr7H7UUGTZ4_guEV_2UaahT7Jzzy_695LZN/s320/Design+sem+nome.png" width="320" /></a></div><br /><div><br /><p>É muito ruim se sentir "foda demais" para alguém quando só se quer ser especial, única, amada, frágil e vulnerável. Eu tô cansada de ser a guerreira que dá conta de tudo de quem se exige tudo e a perfeição. Eu só quero colo, aconchego e dengo.</p><p>Hoje não sinto mais falta dele, demorou, mas consegui passar dessa fase. Sinto saudade muitas vezes.</p><p>Eu realmente me acostumei com a presença diária e apreciei a intimidade. Ter sido a pessoa que fica no mesmo cenário tem essa dorzinha extra: eu sinto falta dele quando a porta do guarda-roupa trava e penso "só o fulano que tem paciência pra fechar essa merda!", ou quando estou completando 4h ininterruptas na frente do PC e ninguém me chama pra deitar e beija meu pescoço, ou quando olho pro lado e ainda vejo um vão no meu quadro de medalhas da cabeceira exatamente onde ele ficava sentado na cama jogando xadrez no celular...</p><p>Ficou a saudade, mas o processo de superar também envolve reconhecer que sinto muito mais falta e saudade do que a pessoa representou, da possibilidade de amar e ser amada.</p><p>Eu botei fé na possibilidade de ter um amor tranquilo.</p><p>Mas é possível uma pessoa preta ter um amor tranquilo? Um relacionamento mobiliza coisas muito profundas numa mulher negra, no meu caso, são décadas de rejeição, de preterimento, de insegurança, de gente duvidando da tua capacidade, questionando a tua beleza e isso é muito difícil de lidar. Talvez isso explique por que ele tão rapidamente arranjou uma branca pra ele. (e ser trocada por uma mulher branca aciona muitos desses gatilhos, é um <i>deja vu</i> eterno)</p><p>Nesse processo eu passo a questionar não a escolha do outro, mas fico buscando a "minha culpa". E isso é muito injusto comigo, por que nesse caso específico, eu tava vindo de um momento muito turbulento da minha vida em que eu já tinha decidido que não ia me envolver com mais ninguém, e decidi conscientemente dar uma chance pra aquilo que tava sendo tão bom pra mim, que tava sendo tranquilo. Ciente de que não era uma necessidade, era só um querer.</p><div>Mas eu quis. Por que eu quis? Por que eu quis tão pouco? E, porque eu entreguei tanto? Eu tava lá pra ele nos momentos mais malucos da vida dele (até no projeto largarei tudo e serei massoterapeuta), e daí quando ele conseguiu caminhar com as próprias perninhas (ah, agora eu vou morar sozinho, agora tô com um emprego bacana) eu deixo de ser boa companhia?</div><div><br /></div><div>Esses pensamentos são válidos, porém injustos comigo. Eles derivam de um processo de autoculpa que estou buscando controlar. Eu não estava no meu melhor momento, eu estava realmente sofrendo, 2020 foi muito ruim pra mim em muitos sentidos, todos os meus medos e minhas inseguranças vieram a tona, e ao invés de eu pensar "<i>bah, que filhadaputisse! Me largou no meu pior momento</i>!" eu fico me culpando por estar nesse momento. É muito enlouquecedor.<p>Aqui, pausa para a trilha.</p><p>Entra o Luiz Lins com <a href="https://youtu.be/yewyHwZraB0" target="_blank">A música mais triste do ano</a></p><i>Amor, quando o nosso vinho amargar ou perder o sabor<br />Quando a maquiagem borrar e as fotos perderem a cor<br />Tu ainda vai querer me aquecer quando não me restar nem calor?</i></div><div>[...]</div><div><i>Ainda vai sorrir quando eu for teu único motivo?<br />Ainda vai ouvir o que eu digo, mesmo quando eu só quiser falar de amor?<br />Ainda vai tentar me entender quando eu não fizer mais sentido?<br />E ficar comigo quando tiver visto o pior lado de quem eu sou?</i><p>E a resposta dele foi: <span style="color: red;">NÃO</span>. Pra todas as perguntas.</p></div><div>E doeu. E foi preciso lidar com a consequência da rejeição. Algo bem difícil e doloroso. Passa por se sentir insuficiente até suficiente demais. Mas no fim é apenas sobre respeitar a escolha do outro. E eu tenho que me lembrar de como EU processo isso, eu não tenho controle sobre o outro.</div><p>Então, mais uma vez, estar escrevendo sobre isso é terapêutico para mim, pra abrir as minhas veias e mostrar pra mim também e para possíveis leitoras de que uma mulher foda pode ser frágil, e que ser frágil faz parte.</p><p>E principalmente que as coisas podem ser boas por um tempo e deixarem de ser boas. E tudo bem.</p><p>As pessoas vão tomar escolhas que tu não vai concordar, tomar escolhas que tu não vai aceitar, e tu vai sofrer com aquela consequência, mas ainda assim isso não é tua "culpa".</p>Essa "meritocracia emocional" de "eu não merecia ser tratada desse jeito" é só mais uma bobagem desse mundo capitalista doente. Relacionar-se é uma via de mão dupla, sem perde e ganha. É dinâmico e é um aprendizado. Pra mim o que fica é que ele teve mais coragem do que eu jamais tive em nenhum relacionamento (até por que fugi sempre que pude). No momento em que ele teve tudo que precisava do relacionamento e acreditava que não podia ter mais ele pulou do barco. E eu estou dizendo justamente isso por que essa foi a metáfora que ele mesmo usou numa das intermináveis conversas por mensagem.<p>Ele se sentia como se eu nunca dividisse o leme do barco com ele. Pois é... só tem um porém: eu não tenho só um barco, eu tenho um iate. Eu tenho um navio de luxo e posso proporcionar lindas viagens para as pessoas que quiserem aproveitar, e que realmente não está "equipado" para quem quer pular e nadar.</p>E o fato de ter um iate luxuosíssimo e muito equipado leva a próxima questão: eu não preciso de ninguém pra remar comigo nesse barco, o meu barco já anda sozinho. <br /><br />Eu quis alguém pra compartilhar esse iate? Quis. <br /><br />Eu fiz o que eu achei necessário pra dar conforto para essa pessoa no meu iate? Sim.<br /><br />Compartilhei coisas importantes? Segurei na mão da pessoa quando o barco balançou e ela segurou na minha? Sim e sim.<br /><br />Mas, mesmo assim a pessoa quer nadar e eu preciso entender. Eu preciso entender justamente isso: que não é uma escolha minha e que não é um problema em mim, não é um problema meu. É difícil acomodar a ideia de que o meu iate não foi confortável o suficiente, mas é o jeito. Se a pessoa preferiu pular e ir pra uma canoinha padrão sem tensões raciais, sem grandes dilemas, apenas pra ficar boiando num pneu, bom, o que eu posso fazer?<p><span id="docs-internal-guid-2e9ccc23-7fff-5550-5833-043983b65d30"></span></p>Navegar num barquinho padrão de beleza "discreta" deve ser mais "emocionante" né? Afinal deve ser um alívio pra tensão racial, pois dá pra circular de "negro card" na CB naqueles rolês que servem drinks em potes e toca "eu quero botar meu bloco na rua" versão acústica e também um alívio para o ciúme, nada de ficar assistindo a namorada sambar seminua e brilhante por aí.<p>Eu estou feliz com isso tudo. De verdade. Aprendi muito com isso. Foi importante aprender que nem sempre as pessoas agem da forma como eu espero, nem sempre as relações acabam por faltas minhas, nem sempre a pessoa muda por uma atitude minha ou falta de atitude, nem tudo é sobre mim. Nem tudo está sob meu controle. E tudo bem.</p>Eu não vou me torturar. Eu fiz o que eu consegui, o que deu, o que de melhor eu podia fazer com as ferramentas que dispunha no momento. Lidar com a rejeição sem me culpar é a meta, e tô feliz com esse processo.<br /><br />É sobre trocar a frase “Eu sou incrível, mas fulano não me quer” por “Eu sou incrível e fulano não me quer”. Parece apenas uma troca de palavras, mas é mais que isso. É sobre dizer: Ele não me quer e sigo sendo incrível.<br /><br />Vou encerrar com um texto que uma amiga querida me mandou esses dias do Iandê Albuquerque. Um texto que me abraçou quentinho e reflete bem o lugar de que estou agora: num processo de ressignificar a minha vida emocional. A minha, só minha e todinha minha <3<br /><br /><i>eu queria te dizer algumas coisas que não tive coragem de dizer quando a gente acabou<br />queria te dizer que eu realmente gostaria que a gente tivesse junto <br />que tentássemos dar certo<br />mas eu sempre acho que tentar demais é teimosia <br />e o amor não merece isso<br />mas talvez eu esteja errado, não sei<br />fiquei puto pelas coisas que você fez<br />por um tempo guardei mágoa<br />mas eu tô aqui para te dizer que a gente deu certo sim<br />em algum momento a gente deu certo<br />e foi lindo <br />as memórias que escolhi guardar de vocês são boas<br />e espero que você guarde boas lembranças de mim também<br />a verdade é que somos totalmente diferentes <br />e apesar de não conseguirmos harmonizar isso <br />esses dias eu pensei na gente e pensei com carinho<br />porque acho que merecemos isso<br />não importa o que se deu no final <br />não interessa se a gente não conseguiu manter uma despedida agradável <br />Pensei na gente pulando o carnaval, do show, daquele pôr do sol<br />da nossa primeira transa <br />de estarmos apaixonados e desejarmos conquistar o mundo com o nosso amor<br />foi curto, durou pouco <br />ou eu que esperava durar bem mais<br />mas foi intenso<br />e é sobre isso que eu escolhi observar<br />porque o tempo não dita a importância de um amor<br />o que significa é como a gente se entrega e vivencia ele<br />a gente se confundiu, se perdeu <br />deixou um outro ao outro se esvair pelas nossas mãos <br />mas somos pessoas incríveis sim <br />só não estávamos na mesma vibe, sabe?<br />o que você me deu talvez não era o que eu queria naquele momento <br />e o que eu tinha para te dar talvez não fosse o que você merecia <br />às vezes a vida tem disso, né <br />por mais que a gente sinta uma conexão gigante<br />por mais que a gente tenha vivido momentos incríveis juntos<br />em algum momento a gente se perde <br />acontece<br />aconteceu com a gente<br />e depois a gente aprende que até as coisas incríveis acabam<br />duram o necessário</i><br /><div><br /></div><div>depois a gente aprende que até as coisas incríveis acabam duram o necessário</div><div>Texto de Iandê Albuquerque do podcast <i><a href="https://open.spotify.com/episode/2UZN3cxPVwQFGm1XwNBRKT?si=brC99OEURd-PH8_V6v2rGQ&dl_branch=1" target="_blank">Para todas as pessoas intensas</a></i></div></div>Sherolhttp://www.blogger.com/profile/00840514922679987570noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2927485620159906164.post-29844558138513224822021-08-22T10:00:00.001-03:002021-08-22T10:00:00.231-03:00Não acredito que pensei isso!!!<p>No mês de julho tivemos Olimpíadas, e eu amo Olimpíadas. Fui atleta na adolescência e curto muito assistir esportes. E nesse ano ainda juntou minhas férias e um friozinho ao evento. Delícia!!!</p><p>Acompanhei alguns jogos de muitas modalidades, e quando assisti o jogo da dupla de vôlei de praia me peguei pensando numa frase que deu uma super vergonha: "ela é bem gordinha né?"</p><p><i>WTF?????</i></p><p><i>Como assim?????</i></p><p><i>Sherol do céu, como que tu pensa um treco desse?????</i></p><p>Tanto o pensamento como a autocensura me levaram a refletir sobre como temos arraigadas em nossa mente esses padrões dismórficos e tóxicos de corpo.</p><p>Gente, nem vou por foto aqui por que real tenho vergonha desse meu pensamento. Mas a atleta em questão é apenas uma pessoa "fora do padrão".</p><p>O teto foi o seguinte:</p><p><i>- Não, ela não é gorda.</i></p><p><i>- Tá, mas e se for? Qual o problema?</i></p><p><i>- Gente, o que é ser gordo/a?</i></p><p><i>- E por que um corpo gordo/baixo/alto/ou qualquer coisa que não me diz respeito não poderia estar nas Olimpíadas???</i></p><p><i>- Que performance é essa que estabelece um padrão estético ridículo quando o que importa num esporte é o desempenho esportivo????</i></p><p>Sim, pensei em tudo isso e mais um pouco (#overthinker).</p><p>E perdi boa parte da partida nessa viagem hahahaha</p><p>E não termina aí: lembrei das recentes conversas que tive com o Teodoro sobre ser gordo ou não.</p><p>Ele tem 11 anos e está passando por muitas metamorfoses, e uma delas é corporal. E ele engordou bastante nesse isolamento social, que somado a fase adolescer é completamente normal.</p><p>O problema é perceber que isso tem incomodado ele. Começou com a recusa em tirar a camiseta no calor escaldante e foi até ele verbalizar que não que queria que a gente chama-se ele de gordinho ou fofo.</p><p>Alerta vermelho na cabeça de Mamãe!</p><p>Até que ponto eu tenho reforçado esse discurso gordofóbico em casa?</p><p>O trabalho tem sido esse. Tenho refletido sobre isso e monitorado fortemente as coisas que eu falo.</p><p>Talvez por isso o teto maluco sobre a jogadora de vôlei.</p><p>Eu, uma pessoa com corpo bem padrãozinho, já passei por essas paranoias de peso e etc. Mesmo que eu tenha praticamente a mesma compleição física de quando tinha 20 anos estando com 40 e parido uma criança, reconheço que o bombardeio de "barrigas negativas" nas mídias ajuda a turvar a visão sobre si.</p><p>E o esforço agora é de usar essa bagagem para que o Téo consiga se ver como alguém lindo e ponto.</p><p>A conversa aqui em casa tem sido sempre sobre as maravilhas que o nosso corpo é capaz de fazer. Valorizar as mudanças e metamorfoses como algo sagrado, bonito e essencial.</p><p>Não sei se vai funcionar, mas estamos na batalha.</p>Sherolhttp://www.blogger.com/profile/00840514922679987570noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2927485620159906164.post-70381047999550350672021-08-21T11:06:00.001-03:002021-08-21T11:07:08.306-03:00Ainda sobre a terapia<p> Hoje vi um vídeo da Mara, psicóloga musa influencer, e achei muito adequado trazer pra cá.</p><p>No último post relatei a minha jornada pra chegar na terapia, e uma das coisas mais angustiantes do início é saber que dizer na primeira consulta. Eu adiei algumas vezes usando essa desculpa: "Eu nem sei o que dizer pra psicologa!"</p><p>Se tu tá nessa mesma angústia, ouça a Mara e bota fé no teu processo!!</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dyVgjX5ltxp8oaFRXb432u3Wsj-7WKn8HnthpM1n06cC2j1kDbF5szUU38SzNhNaLNGYz6YXHHSo2TVi8_izw' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><br /><p><br /></p><p>Sigam a Mara nas redes sociais (na vida real pfv deixem a pessoa em paz hahahah)</p><p>Instagram: <a href="https://www.instagram.com/maramaraervilha/" target="_blank">@maramaraervilha</a></p><p>Tik Tok: <a href="https://vm.tiktok.com/ZMRYMLcvo/" target="_blank">maramarervilha</a></p><p><br /></p>Sherolhttp://www.blogger.com/profile/00840514922679987570noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2927485620159906164.post-55248877611950796782021-07-28T21:01:00.000-03:002021-07-28T21:01:22.639-03:00Sou aquela que merece carinho e terapia.<p>Maioria que lê aqui sabe que em 2015 passei por um grande baque que foi o meu divórcio. Sofri <a href="http://achologias.blogspot.com/2015/12/" target="_blank">publicamente </a>pela primeira vez na minha vida e <a href="http://achologias.blogspot.com/2016/02/e-ai-como-tu-ta.html" target="_blank">recebi abraços</a> até de gente "estranha" e me senti super bem.</p><p>O divórcio bagunçou minha vida completamente, me mobilizou demais. O ex-marido me deu a boa nova num sábado e minha qualificação de mestrado estava agendada para a quinta. Nunca vou me esquecer que a Mãe e a Desi tiraram o Téo de casa justamente para eu finalizar o texto e ele "aproveitou" para essa conversa.</p><p>Na quinzena seguinte era casamento da minha irmã mais nova, lá em SC, o Natal e Ano Novo já programado, lista de presentes ajustada, férias em família em Salvador com passagens e hospedagens pagas.</p><p>Para tudo. Cancela. Reorganiza. </p><p>E eu fiz tudo.</p><p>Fiz a qualificação.</p><p>Comprei uma passagem de avião e fui pro casamento em SC só com o Téo.</p><p>Fiz uma escala para o Natal.</p><p>Reorganizei a lista de presentes.</p><p>Refiz os planos de final de ano.</p><p>Aceitei um cargo na Direção da escola pra ter um pouco mais de tempo pra dar atenção ao Téo.</p><p>Levei o Téo para Salvador.</p><p>E me inscrevi na seleção do Grupo Atinuké - estudos sobre o pensamento de mulheres negras para dar uma organizada na vida acadêmica e ganhei um sentido de vida.</p><p>O ano de 2016 foi uma loucura.</p><p>Quando penso em tudo que fiz eu acho difícil de acreditar. </p><p>Eu fiz tudo que era necessário, e não me arrependo. Vendi a casa que montei peça por peça, me despedi dos projetos de mais de uma década, abandonei o carro com bancos de couro e comprei um remendado com fita tape, encarei um cargo de direção (sendo vice diretora, supervisora, orientadora e professora ao mesmo tempo) e passei a ficar assustadoramente sozinha nos finais de semana sem o Téo.</p><p>Tenho orgulho de tudo isso, mas foi um esforço emocional que quase <a href="http://achologias.blogspot.com/2017/11/sobre-fins-e-recomecos-e-mudancas-e.html" target="_blank">me matou</a>.</p><p>Encontrar as Atinukés foi uma benção. A palavra Atinuké em yorubá significa "<i>aquela que merece carinho desde o ventre</i>", é sinônimo de cuidado.</p><div>Foi a primeira vez que entendi que a rede de apoio que sustentou a minha vida todinha não era privilégio meu: mulheres negras sustentam o mundo.</div><p>Fiz minha inscrição num grupo de estudos achando que ia para mais um GT bem clássico, pra fazer umas leituras e concluir o mestrado, e encontrei carinho, apoio e amor.</p><p>Encontrei mulheres muito foda, admiráveis, fortes, quase inacreditáveis e FRÁGEIS e isso mexeu com coisas muito duras e arraigadas dentro de mim.</p><p>Lembro como se fosse hoje das primeiras conversas e leituras. Tudo que era falado era tão familiar, era como encontrar minha história na boca de outras pessoas.</p><p>Eu comecei a me recompor na companhia e no colo das minhas irmãs.</p><p>Foi tudo tão lindo que até um sonho antigo, o de desfilar na Imperadores o ano de 2016 me deu. Virei Cabrocha e me redescobri bonita.</p><p>O grupo me fortaleceu, apoiou e acarinhou, mas não tinha como resolver demandas individuais.</p><p>Foi terapêutico mas não era terapia.</p><p>Para chegar na terapia eu tive que romper com o auto-estigma "eu dou conta" de tudo, o "eu resolvo" e admitir minha própria fragilidade. </p><p>Em 2015 eu liguei o "modo sobrevivência" e tive sucesso, não posso negar. Mas qual foi o custo disso? São incríveis os mecanismos que o nosso cérebro e espírito desenvolvem para não enfrentar certas emoções.</p><p>Eu me permiti sofrer, mas não me acolhi. Lutei ferozmente para colocar a decepção embaixo do tapete. Me recusei a admitir o quanto eu me senti fracassada pelo fim do meu casamento, pelo fim do meu projeto de vida. </p><p>Sim, eu me sinto fracassada. E escrever isso aqui ainda dói, e eu nunca me permiti assumir isso em voz alta.</p><p>Eu dei conta de tudo, trabalhei muito, comecei um doutorado, arrumei novos empregos, fui reconhecida pelo meu trabalho, comprei uma casa nova e mobiliei.</p><p>MAS</p><p>Passo o tempo todo me sentindo humilhada por ter precisado de ajuda financeira da minha mãe e da minha irmã.</p><p>Me sentindo uma mãe terrível por ter tirado o Teodoro da casa que construí para ele crescer.</p><p>Me sentindo fracassada por não ter falado o que me incomodava no meu casamento.</p><p>Me sentindo idiota e infantil por ter acreditado que amor era suficiente.</p><p>Me sentindo incompetente por ter passado no concurso dos sonhos e ainda assim nunca ter sido nomeada.</p><p>Me sentindo fracassada.</p><p>Sim, num nível consciente sei que algumas dessas coisas não estão sob meu controle, e que nem podem ser consideradas um fracasso.</p><p>E não ter controle também é um fracasso pra mim.</p><p>Eu fui percebendo isso aos poucos. Ou melhor, percebendo e sufocando. </p><p>Eu mantive o modo sobrevivência ligado e segui firme. Mas a cada coisa que dava errado eu sentia a ferida latejar. </p><p>Iniciei a compra de um apê e não deu certo, perdi uma boa grana</p><p>Passei no doutorado, tive a bolsa negada e ainda tive que encarar racista descarado duvidando da minha capacidade de estar onde cheguei.</p><p>Passei no concurso dos sonhos e tive que recorrer a justiça para me manter no páreo, e no fim perdi a vaga.</p><p>Voltei a ter 40h na rede estadual, com salário parcelado e atrasado, em duas escolas em dois bairros diferentes.</p><p>A ferida sufocada latejando a cada dificuldade. Eu não sei lidar com a falha, eu sinto como se as falhas corrompessem o meu SER.</p><p>Ser forte e dar conta de várias coisas é um habilidade que me torna muito eficiente em alguns campos, mas me traz um gasto de energia emocional absurdo.</p><p>Soube recentemente que posso ser uma "overthinker", alguém que tem uma necessidade irresistível e avassaladora de analisar tudo o que pensa, de pensar sobre tudo, planejar e pensar e pensar e pensar de novo. É uma tendência a monitorar, avaliar e tentar controlar excessivamente todos os pensamentos, de analisar causas, consequências e possibilidades de tudo.</p><p>Isso não é necessariamente ruim repito. Por que me torna uma pessoa eficiente em vários campos. Mas também me levou a exaustão. Por que muitos dos pensamentos nada positivos também entram nesse processo alucinante de pensamento. E as minhas falhas, derrotas, dissabores e dores também ganham força e tamanho nesse processo.</p><p>No segundo semestre de 2018 eu me sentia muito cansada. Exausta.</p><p>Com as merdas no Estado precisei aceitar qualquer trabalho que me rendesse qualquer dinheiro.</p><p>E como sempre eu fiz tudo: dei aula, escrevi livro, plano de aula, dei palestra, fiz show com as Cabrochas, cuidei de tudo relacionado ao Teodoro. E ainda me apaixonei e decidi conscientemente me deixar envolver.</p><p>E tudo isso sem deixar de me sentir fracassada.</p><p>Isso é bem estranho né? Como pode uma pessoa que conquistou tanto ainda se sentir um fracasso?</p><p>A questão é justamente essa: não lidar com a frustração. Não aceitar as frustrações como parte da vida, apenas ver isso como um fracasso e se culpar por isso.</p><p>Eu nunca busquei entender isso de forma mais profunda, afinal faz parte do meu processo achar que devo dar conta de tudo. Mas preciso dizer que nós, mulheres negras somos socializadas e criadas em condições tão extremas de sobrevivência há tantas gerações que não sobra tempo pra ser frágil, pra ser triste. É uma sucessão de "engole o choro" sem fim. Lidamos com todas as oportunidades como se fossem as últimas e únicas (por que muitas vezes são), temos que tirar nota 11 e ainda somos questionadas sobre nossa competência. Uma mistura de racismo com machismo que nos sufoca.</p><p>Encontrar as Atinukés me trouxe consciência disso. Eu comecei a entender melhor o quanto as que vieram antes de nós pavimentaram com muito amor e dedicação o caminho que trilhamos. E principalmente comecei a identificar o quanto as mulheres que me formaram foram extremamente fortes, suportam coisas inimagináveis e se mantiveram firmes.</p><p>Essa constatação num primeiro momento pesou muito. Costumo dizer que temos uma "régua alta", uma grande responsabilidade com esse legado. O desafio é honrar esse legado sem comprometer nossa própria trajetória. Buscar entender que muito do que elas passaram foi justamente para que a gente não passasse, muitas das nossas foram impedidas de estudar, mantiveram casamentos de merda e nos ensinaram a não repetir isso. O fato de terem feito tudo nisso com um sorriso no rosto não pode nos fazer esquecer que dói.</p><p>Em 2019 a minha exaustão chegou ao topo. Eu tentava me enganar dizendo que todos aqueles sintomas eram apenas cansaço: dores pelo corpo, sono que não revigora, dores de cabeça e pensamento extremamente acelerado. </p><p>E mesmo sendo a pessoa que falava muito sobre "autocuidado" com as amigas, eu me recusava a admitir que eu precisava de ajuda. Afinal, fazer terapia em vários momentos me soava como uma derrota. Mais um fracasso pra lista. Afinal, eu "preciso dar conta".</p><p>Aqui fica uma dica pra quem me lê: não confunda autoestima, vaidade e "skincare" com "saúde mental". Digo isso de camarote. Não me falta vaidade, nem autoestima, nem gratidão. Todos essas estratégias de autocuidado são válidas e bem vindas, mas elas são apenas parte do cuidado com a tua saúde mental. Em muitos casos lidar com emoções mais duras requer autoconhecimento e para se chegar nesse ponto muitas vezes precisamos de ajuda, de terapia.</p><p>Pra muitas de nós uma rotina de bem estar é uma grande conquista sim, descansar é um luxo necessário, que deve ser cultivado e celebrado. Rotina de bem estar é terapêutico, mas não é terapia.</p><p>Eu não abri espaço para terapia na minha vida por que acreditei que enquanto eu me mantivesse "positiva", "lutadora" e "forte" tudo ia se resolver. E a dor só aumentando, afinal como eu poderia ser uma pessoa linda, maravilhosa e ainda me sentir triste e fracassada? Que vergonha!!! Tu é forte, """tem que aguentar""""!!!</p><p>Quando tive alguns sintomas físicos de exaustão tomei umas broncas do namorado e marquei uma consulta com uma psicóloga pela primeira vez. E nunca fui. Arranjei todo tipo de desculpas e desmarquei umas 5 consultas no ano de 2019.</p><p>Cheguei a bater o carro.</p><p>Tomei a dura decisão de deixar a sala de aula e encarar um cargo administrativo, mais próximo de casa e também com a possibilidade de retomar a escrita da tese (que me dói ainda).</p><p>Fechei o ano de 2019 completamente exausta.</p><p>Tomei decisões muito sensatas e acertadas, trabalhar mais próximo de casa, parar de pagar pra trabalhar e vender o carro, levar menos trabalho pra casa e voltar ao doutorado, mas ainda todas essas decisões ressoavam como um fracasso, uma derrota, uma demonstração da minha vulnerabilidade <i>inaceitável</i>.</p><p>Uma parte de mim ainda não aceitava mais uma mudança de rota. Uma parte de mim gritava: "Como assim??? Vai mudar de novo??? Tu não acerta uma!!!!"</p><p>A meta de 2020 era encarar a terapia. Além de exausta eu também sentia que estava sobrecarregando a única pessoa que permiti ver esse processo, o meu namorado na época, e não me parecia justo.</p><p>Veja, mais uma vez, eu estava me sabotando, me recusando a encarar um processo necessário apenas por mim mesma. Meu processo "overthinker" busca justificar as coisas e só encontra conforto quando posso fazer algo por alguém, o que é para mim, se não for ""natural"" não é válido.</p><p>O ano de 2020 começou bem, fui viajar a Salvador, um lugar que eu amo, com todas as pessoas que eu amo. Comecei com muita esperança, até um retorno a Imperadores aconteceu. Ainda tentei fugir da terapia, "Eu vou depois das férias", "Vou esperar passar o Carnaval", funcionaram e marquei uma consulta para março.</p><p>Vocês sabem o que aconteceu em março.</p><p>O ano de 2020 nem preciso dizer que foi terrível pra todo o planeta. E pessoalmente marcou o meu colapso. Quando a pandemia começou eu tinha certeza de que ia morrer. E tudo que sempre usei como mecanismos de autocontrole parou de funcionar: eu não tinha mais uma rotina louca de idas e vindas entre duas escolas, possibilidades de sair e tomar um porre no final de semana, e etc.</p><p>E surgiram outras oportunidades de trabalho, em meio ao caos eu juntei um grana que não imaginava. E trabalhei muito!!</p><p>Mas meus pensamentos estavam me exaurindo.</p><p>A consulta de março foi cancelada e a incerteza dos primeiros meses de pandemia me enlouqueceram. Meus pensamentos se tornaram extremamente acelerados e opressivos. E tudo isso que estou relatando aqui só consigo raciocinar depois de um ano.</p><p>Enquanto isso acontecia eu apenas colapsei. Nem o meu modo sobrevivência foi capaz de me fazer ficar confortável.</p><p>Eu fiz tudo que tinha que fazer: trabalhei, cuidei do Téo, trabalhei mais um pouco e fiz uma reforma na casa. E chorei. E me senti envergonhada por estar viva, segura, empregada e triste.</p><p>Pra fechar o pacote tristeza meu namorado me deixou. Um coração partido no meio de isso tudo era o que eu menos precisava. Eu perdi um amigo, mais do que um namorado. Mas sobre isso falo depois.</p><p>Durante o auge da pandemia tentei remarcar aquela consulta de março, mas perdi a vaga. Recebi a indicação de outra psicóloga e travei. A desculpa oficial foi o atendimento online, mas a realidade era que eu não conseguia pedir ajuda.</p><p>Eu estava assustadoramente triste e ansiosa. E quando perdi meu namorado-amigo me senti também assustadoramente sozinha. Abandonada.</p><p>Tomei coragem e agendei a terapia online. No dia marcado inventei uma desculpa e não fiz a chamada, e passei a hora toda da consulta sentada na minha poltrona chorando.</p><p>Finalmente parei de fugir, mas as primeiras consultas foram extremamente dolorosas. Levei uns dois meses pra ter vontade genuína de fazer a chamada, no dia da sessão sempre pensava em alguma desculpa pra faltar, adiar ou atrasar. Me esforcei pra manter a regularidade e não me arrependo. Já são 10 meses de conversas semanais que me trazem alívio e acolhida.</p><p>Tem sido uma jornada muito difícil, eu ainda preciso de muito esforço mental para me sentir merecedora desse espaço. </p><p>Inclusive escrever aqui sobre isso é uma etapa fundamental pra mim. É parte da minha escrevivência.</p><p>Aos poucos tenho feito as pazes com as minhas falhas, frustrações e medos. Precisei de ajuda de uma psiquiatra, e mesmo adiando ao máximo me sinto satisfeita por ter rompido mais essa barreira (mesmo que os primeiros comprimidos foram engolidos com lágrimas de auto-desaprovação). Foi tão difícil que só depois de 4 meses de tratamento tive coragem de contar pra minha família.</p><p>Sigo com o pensamento acelerado e um pouco triste, mas já me culpo menos por isso. Ainda preciso que a Priscila me diga em cada sessão "Esse é o processo, e tu tá indo muito bem" pra não desistir.</p><p>E hoje ao ver a ginasta Simone Biles deixar de participar da final olímpica para cuidar de si me senti quase que envergonhada... Que mundo é esse em que não podemos nos sentir confortáveis nem no topo?</p><p>Minha crença de que a nossa doença se chama colonização fica mais firme. Como nos ensina bell hooks, as emoções reprimidas foram a chave da nossa sobrevivência. Sobrevivemos, e agora devemos honrar nossos ancestrais VIVENDO. E vivendo de amor.</p><p>Eu abri as comportas desse mar que me habita e inunda. Não tem mais volta.</p><p style="text-align: center;"><i><span style="color: red; font-family: georgia;">"A arte e a prática de amar começam com nossa capacidade de nos conhecer e afirmar"</span></i></p><div dir="auto" style="text-align: center;"><i><span style="color: red; font-family: georgia;">"Algumas vezes a gente se olha e vê tanta confusão, tanta dor, que não sabemos o que fazer. Então precisamos procurar ajuda. Às vezes ligo para meus amigos e digo: "Não consigo entender o que sinto e não sei o que fazer, você pode me ajudar?" Muitas mulheres negras não têm coragem de pedir ajuda, pois isso significaria um sinal de fraqueza. Precisamos nos livrar desse condicionamento. Ter capacidade de pedir ajuda significa que temos poder. Cada vez que buscamos ajuda nosso poder aumenta, ao invés de diminuir. Experimente. Geralmente buscamos ajuda em momentos de crise. Mas podemos evitar a crise se reconhecermos nossa dificuldade em lidar com uma determinada situação. Para as mulheres negras acostumadas a manter o controle das situações, pedir ajuda pode </span></i></div><div dir="auto" style="text-align: center;"><i><span style="color: red; font-family: georgia;">significar a prática do amor, da confiança, reconhecendo que não precisamos resolver tudo sozinhas. A prática de se amar interiormente nos revela o que o nosso espírito necessita, além de nos ajudar a entender melhor as necessidades das outras pessoas. As mulheres negras que escolhem ( e aqui enfatizo a palavra "escolhem") praticar a arte e o ato de amar, devem dedicar tempo e energia expressando seu amor para outras pessoas negras, conhecidas ou não. Numa sociedade racista, capitalista e patriarcal, os negros não recebem muito amor. E é importante para nós que estamos passando por um processo de descolonização, perceber como outras pessoas negras respondem ao sentir nosso carinho e amor."</span></i></div><div dir="auto" style="text-align: center;"><span style="text-align: left;"><br /></span></div>Escrevo aqui pra ti amiga, pra te encorajar nessa viagem, e para que eu leia isso de vez em quando, cada vez que eu titubear. <p>Pra que eu saiba que eu posso fraquejar, que isso não apaga nada do que sou. E que eu sou um monte de coisa, e nada disso é contraditório. </p><p style="text-align: center;"><i><span style="color: red; font-family: georgia;"><span style="background-color: white;">A afirmação é o primeiro passo para cultivarmos nosso amor interior. Uso a expressão "amor interior" e não "amor próprio" porque a palavra "próprio" é geralmente usada para definir nossa posição em relação aos outros. Numa </span><span style="background-color: white;">sociedade racista e machista, a mulher negra não aprende a reconhecer que sua vida interior é importante. A mulher negra descolonizada precisa definir suas experiências de forma que outros entendam a importância de sua vida interior. Se passarmos a explorar nossa vida interior, encontraremos um mundo de emoções e sentimentos. E se nos permitirmos sentir, afirmaremos nosso direito de amar interiormente. A partir do momento em que conheço meus sentimentos, posso também conhecer e definir aquelas necessidades que só serão preenchidas em comunhão ou contato com outras pessoas. Onde está o amor, quando uma negra se olha e diz: [...] "Vejo uma pessoa tão ferida, que é pura dor, e não quero nem olhar pra ela porque não sei o que fazer com essa dor". Aí o amor está ausente. Para que esteja presente é preciso que essa mulher decida se olhar internamente, sem culpa e sem censura. E ao definir o que vê, talvez perceba que seu interior merece ou precisa de amor.</span></span></i><span style="color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"> </span></p><p>Eu sou aquela que merece carinho desde o ventre.</p><p>Eu sou aquela que vai se acolher no próprio ventre.</p>Sherolhttp://www.blogger.com/profile/00840514922679987570noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2927485620159906164.post-41093259023054080712021-07-23T20:01:00.001-03:002021-07-23T20:01:09.387-03:00Devaneios pandêmicos #9<p> Li esse texto agora no Instagram e preciso gravar ele aqui.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhB0fbeYC0GpiHq3SLEb5hviil50QifiQln_YpWCUpMcx_wGkcPyeXCo6NPmFux2gHZOmy9aiwyNcdwIi9tXo24SPvBAeuHQmyN1PphiWwJaktef1K30QilFtt_kpJfzIy8cpRPPzE6pThc/s1080/omolojiagbara-1627080988815.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhB0fbeYC0GpiHq3SLEb5hviil50QifiQln_YpWCUpMcx_wGkcPyeXCo6NPmFux2gHZOmy9aiwyNcdwIi9tXo24SPvBAeuHQmyN1PphiWwJaktef1K30QilFtt_kpJfzIy8cpRPPzE6pThc/s320/omolojiagbara-1627080988815.jpg" /></a></div><br /><p><br /></p><p>Reposted from @omolojiagbara </p><p>Africanamente reconhecemos que somos a soma de todos os nossos e nossas ancestrais.</p><p>Trazermos no corpo as marcas de glória, felicidade e afetos de acolhimento. </p><p>Mas também trazemos as tristezas, a dor do abandono, a tragédia do sequestro de África, as durezas das relações familiares...</p><p>Somos a soma, sobretudo, das experiências da nossa ancestralidade familiar que são repassadas de geração a geração na convivência cotidiana. </p><p>E é importante que reconheçamos quais dores se manifestam em nós e que não são nossas diretamente (tão quanto aquilo que nos fortalece). </p><p>Falo das dores, pois comumente são elas que nos paralisam ou nos deixam mais fragilizados. </p><p>Reconheço ser legítimo sentir a dor dos meus e das minhas ancestrais. </p><p>E do mesmo modo eu digo que quero ser o corpo que irá reconhecer essas dores, as feridas e marcas, mas não quero que meu corpo seja depósito, e sim o colo que acolhe e direciona essas e esses ancestrais para a cura. </p><p>Aprendi que meu autocuidado não é “auto”. Muitos ebós, fundamentos, afetos, sessões de terapia, jogos de búzios, tarô, idas ao médico, conversas em grupo... São em paralelo para mim e também para esse povo todo que está em mim. </p><p>Quando Oxum lava primeiro as suas pulseiras ela está lavando as pulseiras da sua ancestralidade, força vigorosa em si. </p><p>Nesse auto/inter-cuidado eu fortaleço a mim e aos meus e minhas ancestrais:</p><p>Processo de cuidado profundo, complexo e denso, mas com muito amor, eu cuido de mim/da minha gente... </p><p>👉🏾Texto: Omoloji Àgbára Dúdú- @omolojiagbara</p><p>👉🏾 NagôDengo - @nagodengo</p>Sherolhttp://www.blogger.com/profile/00840514922679987570noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2927485620159906164.post-74751877968268516502021-07-11T21:15:00.006-03:002021-07-12T00:41:26.993-03:00Devaneios pandêmicos #8<p> Hoje é domingo. </p><p>Eu acordei relativamente cedo, arrumei umas coisas e me pus a trabalhar. </p><p>Perto do meio dia fui fazer um strogonoff pra mim. </p><p>Botei a mesa e me sentei bem plena pra degustar meu rango.</p><p>Eu gosto da minha companhia, gosto de mesa posta e comida arrumada, mas me lembrei de como esse singelo momento já foi muito dolorido. E muito mesmo.</p><p>Logo depois que me separei o primeiro final de semana sem o Téo em casa foi absolutamente terrível. Eu não sabia nem o que fazer. Chorei muito e também não almocei sozinha, minha irmã me socorreu. </p><p>Depois do primeiro demorou pra ficar menos dolorido. Eu geralmente saía de casa ou passava o final de semana na base do pão. </p><p>Enquanto estive em Canoas era muito terrível por que aquela casa grande virava um deserto. Eu ficava no escritório e no quarto, não sentia vontade de sentar no sofá, ou pegar um sol no pátio e não cozinhava. </p><p>Mas era uma vida dupla: nos finais de semana em que o Téo estava em casa eu fazia almoço e botava a mesa pra nós. </p><p>Eu só não sentia vontade de fazer nada pra mim. </p><p>Isso já faz 5 anos e foi bom eu ter me lembrado.</p><p>Preciso dizer a mim mesma com frequência: tudo é um processo. </p><p>Aos poucos voltei a cuidar de mim.</p><p>E olha onde noix chegou! 💖</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOP1yPQxu3OJT_kCcQKpvdJ42lbMpL16-9eaThwOnqHp7C4U0wMSzDqVkV_dWBZdmKz7Vj3X3YhHoPJ4tj_2I4uJ4T45mGBVqHzUtRnTZwymINbcQDo6NA8yfB_8qA9e6sGrHvxyfPTY0l/s1920/IMG_20210711_124112_804.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1920" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOP1yPQxu3OJT_kCcQKpvdJ42lbMpL16-9eaThwOnqHp7C4U0wMSzDqVkV_dWBZdmKz7Vj3X3YhHoPJ4tj_2I4uJ4T45mGBVqHzUtRnTZwymINbcQDo6NA8yfB_8qA9e6sGrHvxyfPTY0l/s320/IMG_20210711_124112_804.jpg" /></a></div><br /><p><br /></p>Sherolhttp://www.blogger.com/profile/00840514922679987570noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2927485620159906164.post-31639656995011530402021-06-25T18:29:00.003-03:002021-06-25T18:29:43.491-03:00Devaneios pandêmicos #7<p> Acho que descobri por que ainda escrevo aqui.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgctgE3q_KDNuZ8X7QchnpfPEi00qlb83H4jbMnWo2JEJvz7toSamu73gUsTbtw4yBhYkBmBfiWQuax9npCKoB9qo8jO-_Ak2mH582EKXJacRaaOldPPLfT1UZoYf1YMaDBuKCGCbQXezPU/s2048/20210624_210922.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1159" data-original-width="2048" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgctgE3q_KDNuZ8X7QchnpfPEi00qlb83H4jbMnWo2JEJvz7toSamu73gUsTbtw4yBhYkBmBfiWQuax9npCKoB9qo8jO-_Ak2mH582EKXJacRaaOldPPLfT1UZoYf1YMaDBuKCGCbQXezPU/s320/20210624_210922.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Mais forte do que nunca. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Brené Brown. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">P. 27.</div><br /><p><br /></p>Sherolhttp://www.blogger.com/profile/00840514922679987570noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2927485620159906164.post-35377719626744937122021-06-10T19:00:00.001-03:002021-06-10T19:00:00.227-03:00Devaneios pandêmicos #6<p> Vem chegando o dia dos namorados e meu ex, o cara que:</p><p>- fez pose zoando do cartaz "Amor não tem cor" em 2019</p><p>- tava usando capulana de parzinho ano passado</p><p>- me ganhou com uma boa conversa sobre Fanon</p><p>Vai postar fotinho com a namorada branca.</p><p><span style="color: red;">87 tipos de gatilhos diferentes são disparados.</span></p><p>Mas enfim.... </p><p>Fazer o que se ele pulou o capítulo 3?</p><p><br /></p><p style="text-align: center;"><i>Da parte mais negra de minha alma, através da zona de meias-tintas, me vem esse desejo repentino de ser branco. </i></p><p style="text-align: center;"><i>Não quero ser reconhecido como negro, e sim como branco. </i></p><p style="text-align: center;"><i>Sou um branco. </i></p><p style="text-align: center;"><i>Seu amor abre-me o ilustre corredor que conduz à plenitude... </i></p><p style="text-align: center;"><i>Esposo a cultura branca, a beleza branca, a brancura branca. </i></p><p style="text-align: center;"><i>Nestes seios que minhas mãos onipresentes acariciam, é da civilização branca que me aproprio.</i></p><p style="text-align: center;"><i>Há cerca de 30 anos um negro, da mais bela pele negra, em plena cópula com uma branca incendiária no momento do orgasmo gritou: "Viva Schoelcher!" Ora, quando se sabe que foi Schoelcher quem fez com que a IIIª República decretasse a abolição da escravatura, então é evidente que é preciso falar mais longamente das relações possíveis entre o negro e a branca. </i></p><p style="text-align: center;">FANON, Franz. Pele negra, máscaras brancas. p. 69.</p><p><br /></p>Sherolhttp://www.blogger.com/profile/00840514922679987570noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2927485620159906164.post-61782497460171276292021-06-06T22:50:00.003-03:002021-09-02T15:44:02.452-03:00Devaneios pandêmicos #5<p>Fazer tatuagem é uma coisa perigosa. </p><p>Tu termina uma já pensando na outra!</p><p>Eu tava ensaiando tatuar outro Adinkra desde 2018, no final de 2019 até tinha a grana, mas como tava chegando o verão, a possibilidade de ir pra praia não permitiu.</p><p>Em 2020 nem preciso dizer por que não rolou né...</p><p>Mas em 2020 outro desenho gritou pra mim. Precisava desenhar mais um agradecimento à Yemanjá na pele.</p><p>Eu precisei muito em 2020 e sei que ela tava comigo.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhcmMkJWA8rq-Uj1OJq-wpwH6VZ_3MOmE-gtZ8wgFjMjtrSm9N-p8qZ5v4oZZNxiTpIwFFNHnc2jbydcyrxHPE4hhB8Q-x2g6rGIA17x9tyX5EdYW7s9azPVFswRx1lHy9BhT55_2i5LUP/s2612/20210521_212600.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2612" data-original-width="1204" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhcmMkJWA8rq-Uj1OJq-wpwH6VZ_3MOmE-gtZ8wgFjMjtrSm9N-p8qZ5v4oZZNxiTpIwFFNHnc2jbydcyrxHPE4hhB8Q-x2g6rGIA17x9tyX5EdYW7s9azPVFswRx1lHy9BhT55_2i5LUP/s320/20210521_212600.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Firmei um compromisso com a energia que me compõe e protege. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">🌊Odoyá🌊</div><div><br /></div><div>Para o pulso escolhi outro adinkra que representa muito o triênio 2017-2020:</div><div><br /></div><i>A simbologia de Aya se refere a ideia de superação e perseverança. O símbolo é representado por uma imagem que lembra a samambaia. Por causa de sua condição de resistir a solos secos e falta de água, a planta é conhecida por sua capacidade de adaptação a condições adversas.<br />
E é exatamente a este significado que o Aya está associado: alguém que passou por grandes desafios e venceu cada um deles, alguém que é capaz de florescer nos solos mais áridos. O símbolo também traz em si a ideia de coragem e ousadia, independente das circunstâncias. </i><!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/clipdata/clipdata_210606_224756_449.sdoc--><br /><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p>Sherolhttp://www.blogger.com/profile/00840514922679987570noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2927485620159906164.post-74459256115285928092021-06-02T22:36:00.000-03:002021-06-02T22:36:11.720-03:00Devaneios pandêmicos #4<p>Ouço essa música ao menos uma vez por dia há uns 6 meses. </p><p>Por que eu achei que não dava mais pra renascer. </p><p>Mas eu vou. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/4ojR0LuPxGE" width="320" youtube-src-id="4ojR0LuPxGE"></iframe></div><br /><p><br /></p>Sherolhttp://www.blogger.com/profile/00840514922679987570noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2927485620159906164.post-70830969968351835702021-05-28T21:46:00.004-03:002021-05-28T21:46:37.375-03:00Jane Austen: a sagaEm 2014 eu contei <a href="https://achologias.blogspot.com/2014/03/paixao-literaria-do-ano-jane-austen.html" target="_blank">aqui</a> sobre a minha saga com a leitura dos clássicos da literatura inglesa escritos por Jane Austen. No início de 2015 prometi <a href="http://achologias.blogspot.com/2015/01/ola-2015.html" target="_blank">aqui nesse lindo blog</a> que escreveria sobre as leituras e seriados e filmes.<div><br /></div><div>Porém, 2015 não foi bem do jeito que eu imaginava não é🤯.... (uma pista <a href="http://achologias.blogspot.com/2015/12/playlist-da-fossa.html" target="_blank">aqui</a>)<br /><div><br /></div><div>Pois bem.... Acabei achando uma postagem sobre os livros e filmes no rascunho e resolvi editar e publicar.<br /><div><br /></div><div>Eu li todos os seis livros da Jane Austen e realmente vi quase todas as produções cinematográficas disponíveis! 2014 foi dedicado a esse belo vício que se estendeu a outras autoras inglesas e também a outros filmes e seriados da categoria <i>Period Dramas</i> ou <i>Romantic Period Dramas</i> (<i>period </i>é o termo em inglês para esse período histórico entre o séc. XVIII e XIX).</div><div><br /></div><div>Eu migrei da Jane Austen para as Irmãs Brontë, passei por Elizabeth Gaskell e li alguma coisa de Dickens (só por causa da treta com a Gaskell) ainda em 2014 e isso se estendeu por 2015.</div><div><br /></div><div>E o caminho foi sempre o mesmo: ler o livro e depois catar os filmes e seriados pra ver. No caso da Jane Austen eu li também fanfics.</div><div><br /></div><div>Depois do ciclo Austen-Brontë-Gaskell eu catei na internet uma lista intitulada "<i>150 best period movies</i>", copiei no meu caderninho, busquei as sinopses e etc e marquei os que não me interessaram. Sobraram 146 e eu assisti 28 num intervalo de uns 6 meses (penso que o divórcio em 2015 tinha razão de ser né hahahahaha).</div><div><br /></div><div>Depois de tudo isso eu descobri que muitas pessoas do meu convívio também gostam desse tipo de livro e filmes. E em 2021 "o mundo" descobriu essa categoria com o lançamento de Bridgerton na Netflix. Eu obviamente vi tudo num dia e amei também! (E ainda foi lançado pouco depois de eu tomar mais um pé na bunda, meu escape atualizado!)</div><div><br /></div><div>E preciso acrescentar: para a pessoa que lá em 2014 deixava o PC ligado por dias pra baixar as séries e apanhava para achar arquivos srt e sincronizar as legendas, ter as séries e filmes a um clique nos serviços de streaming é a glória!!</div><div><br /></div><div>Embalada nesse onda eu até organizei os filmes baseados na obra da Austen num drive para algumas amigas e agora resolvi trazer pra cá de forma mais organizada e cheia das minhas opiniões, né? Afinal esse blog se chama <i>Achologias </i>justamente pra isso hahahahahah</div><div><br /></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: medium;"><i>Neste post vou compartilhar sobre a musa pioneira Jane Austen.</i></span></div><div><br /></div><div>Jane Austen nasceu em Steventon no interior da Inglaterra em 1775, era filha de um pastor anglicano, compondo uma família pertencente a baixa nobreza agrária; apesar de ter escrito <i>Orgulho e Preconceito</i> antes dos 21 anos, seu primeiro livro publicado foi <i>Razão e Sensibilidade</i> em 1813, aos 38 anos.</div><div><br /></div><div>Os romances de Jane Austen retratam essa sociedade aristocrática inglesa com muito romance e ironia, eu gosto muito do estilo de escrita dela, é fluido, fácil de ler e com descrições que te transportam para aquele lugar e aquela emoção. Gosto também desses enredos cheios de intrigas, fofocas e conexões entre pessoas.</div><div><br /></div><div>Um observação importante: sim, tenho muita noção de que ao pensar sobre a sociedade inglesa dos séc. XVIII e XIX estamos falando sobre o projeto colonizador e violento que destruiu a América, não ignoro os fatos. E isso não me impede de curtir esse tipo de literatura, pra mim funciona como ficção científica.</div><div><br /></div><div>Ao todo <i>Miss Austen</i> publicou 6 romances:</div><div><br /></div><div><i>Razão e Sensibilidade</i> (1808)</div><div><i>Orgulho e Preconceito</i> (1813)</div><div><i>Mansfield Park</i> (1814)</div><div><i>Emma </i>(1815)</div><div><i>A Abadia de Northanger</i> (1818 - póstuma)</div><div><i>Persuasão </i>(1818 - póstuma)</div><div><br /></div><div>Ela escreveu também algumas peças de teatro e deixou umas obras inacabadas, mas não vem ao caso aqui. Um dos livros inacabados, <i>Sanditon</i>, virou série e tá na GloboPlay, mas ainda não consegui uma senha de alguém pra ver (hahahaha). O verbete da Wikipédia sobre ela é bem completo e escrito, interessados <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Jane_Austen" target="_blank">clique aqui</a>.</div><div><br /></div><div>Como eu já disse, eu li todos. Comprei uma coleção bem lindinha <3</div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhichvPQ-1hR7qtTrNMKEAT1OTR-KbwAC-rFDUeh22R0koTcwgEI4GupQi2l87SpovlGJg0l-ZSV1mc5eDirHRCHO2Gu7eZZ4bn-qzk7PR4vjz0TgmRfv8O-1yE0lvy6R-BkRt02XD2fuMK/s2048/20210528_213023.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2012" data-original-width="2048" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhichvPQ-1hR7qtTrNMKEAT1OTR-KbwAC-rFDUeh22R0koTcwgEI4GupQi2l87SpovlGJg0l-ZSV1mc5eDirHRCHO2Gu7eZZ4bn-qzk7PR4vjz0TgmRfv8O-1yE0lvy6R-BkRt02XD2fuMK/w200-h196/20210528_213023.jpg" width="200" /></a></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguJRbafdN9ns5N6V9JNpT2ssLZS9rUbFZtTYmnLCbymnQJoYO5UTv7fhqeYEdI7nhGNxbpGeBlLoddWQ7wVq47YW5hKkKtf5iA49R3abJwpP54kr1dWWSkIE5opFrbtuCF6B1QQ3uXpXrs/s2048/20210528_213059.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguJRbafdN9ns5N6V9JNpT2ssLZS9rUbFZtTYmnLCbymnQJoYO5UTv7fhqeYEdI7nhGNxbpGeBlLoddWQ7wVq47YW5hKkKtf5iA49R3abJwpP54kr1dWWSkIE5opFrbtuCF6B1QQ3uXpXrs/w200-h150/20210528_213059.jpg" width="200" /></a></div><br /><div>Essas capas e essa letra que lembra a assinatura original da Jane Austen é demais pro meu coração.🥰</div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGvSD4WFseqZ8t_xNxMuryzGKcF7AxSYwCyZCejwx0k17G-ojMBBto6SOij2xIijckohMolCaiBEnOZhdkwPy59Ab6-vEKJsZyqMAf_F6o-0t1yYqmSHyMXSVvwyJEd6_GBU0qPmP_RWfj/s2048/20210528_213125.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGvSD4WFseqZ8t_xNxMuryzGKcF7AxSYwCyZCejwx0k17G-ojMBBto6SOij2xIijckohMolCaiBEnOZhdkwPy59Ab6-vEKJsZyqMAf_F6o-0t1yYqmSHyMXSVvwyJEd6_GBU0qPmP_RWfj/s320/20210528_213125.jpg" width="320" /></a></div><br /><div><br /></div><div>Eu amo todos, mas o meu preferido, sem duvida é <i><b>Persuasão</b></i>. Eu praticamente sinto a dor da Anne, pra mim é onde a Jane consegue descrever melhor os sentimentos e pensamentos da personagem, e esse tem uma das adaptações para o cinema com as melhores cenas. Eu apenas amo. A carta do Capitão Wenthworth é algo tão delicioso que desejei que alguém escrevesse pra mim.</div><div><br /></div><div>Eu assisti umas 4 adaptações do livro, duas nem vou citar por que eram muito ruins, sobraram duas pra apontar aqui. Uma feita em 1995 e outra em 2007. A ruim é a de 1995, os diálogos são ruins e a atriz que interpreta a Anne não me convenceu.</div><div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtkKA0s96F-G-3VYbIN1FbNwLTdow4DO8f-UJ8pRMjoTj0TySqjnNFVg2brxqTYdQTbcwCinqj9VcUKxhAhdJiQqc_1MNkItfSzhyphenhyphenXSXE9X_i_yxzF0QtODtPOGAAUgapG5CSICt-lHKf0/s478/Persuasion.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="478" data-original-width="290" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtkKA0s96F-G-3VYbIN1FbNwLTdow4DO8f-UJ8pRMjoTj0TySqjnNFVg2brxqTYdQTbcwCinqj9VcUKxhAhdJiQqc_1MNkItfSzhyphenhyphenXSXE9X_i_yxzF0QtODtPOGAAUgapG5CSICt-lHKf0/s320/Persuasion.jpg" /></a></div></div><div><br /></div><div>Agora Sally Hawkings tem o olhar que eu imaginei pra Anne quando eu li o livro. Sim, eu amei forte.</div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFfJBBSASJRGt0vZDaeGVAjy4F2ANyRPE29qm9M4nAz548gIuw-lshcgpPsGQc7bB5T8EUbDMGUw0-lA5-lcXBXB3I3Q_V206vxqBtEV2GUeDHOlmZu4diiK4f4XvSmMx3amsAYXW_2P3f/s400/persuasion_2007.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="280" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFfJBBSASJRGt0vZDaeGVAjy4F2ANyRPE29qm9M4nAz548gIuw-lshcgpPsGQc7bB5T8EUbDMGUw0-lA5-lcXBXB3I3Q_V206vxqBtEV2GUeDHOlmZu4diiK4f4XvSmMx3amsAYXW_2P3f/s320/persuasion_2007.jpg" /></a></div><div> </div><div><br /></div><div>Meu segundo preferido é <i><b>Orgulho e Preconceito</b></i>. Este ficou na dianteira até eu ler Persuasão (eu li eles na ordem de publicação) e é o preferido do "grande público" e o mais adaptado e citado em filmes e livros. A lista de filmes que mencionam ou repetem a fórmula "Casal que briga mais se ama" é infinita! Ouso dizer que Jane Austen inaugurou na literatura ocidental esse tipo de enredo.</div><div><br /></div><div>O filme mais recente e famoso a se inspirar o livro é o <i>Diário de Bridget Jones</i>. As referências são muitas, e começam pelo Mr. Darcy ser interpretado por Colin Firth que foi galã sensação ao interpretar o Mr. Darcy "original" na série da BBC que fez um estrondoso sucesso na Inglaterra em 1995. A série foi produzida para a televisão no maior estilo novela e consagrou Firth. A protagonista, Bridget Jones, tem uma personalidade muito parecida com a Elizabeth Bennet, solteira convicta mais ainda apaixonada. E para completar temos como "canastrão" Hugh Grant que interpretou Edward Ferrars, galã de Razão e Sensibilidade no filme "blockbuster" de 1995.</div><div><br /></div><div>Orgulho e preconceito tem até versão zumbi!!!!</div><div><br /></div><div>Eu assisti umas 8 versões, entre filmes e séries. Consegui até assistir uma versão em preto e branco de 1940 e sem legenda! hahahahahah </div><div>Sim, eu sou uma pessoa obcecada. </div><div>Li em algum lugar uma vez que já foram produzidos 17 adaptações cinematográficas do livro, se somar as séries e obras inspiradas acho que nem dá pra contar!</div><div><br /></div><div>Além da versão zumbi, escrita na onda <i>Walking Death</i> e que virou filme mas eu não vi, tem também uma versão super dançante bollywoodiana, <i>Noiva e Preconceito</i>, que eu vi, e confesso que simpatizei, achei engraçado.</div><div><div><br /></div><div>As minhas adaptações preferidas são a série de 1995 e o filme de 2005.</div><div><br /></div></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgShAYFU9QllB2n5vcD-WfO7E2Okj9L27kI4FE5ZSQyXOd3woX86CjGY994VgzhbyTpRn4gXin2ALis4iDzS3rMIeOsl1Y_RQgP8T4Z7k3ef11eQg5Y3g6zbDetOM7Epx_6DiOkImKUCo5B/s512/orgulho-e-preconceito-bbc.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="512" height="125" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgShAYFU9QllB2n5vcD-WfO7E2Okj9L27kI4FE5ZSQyXOd3woX86CjGY994VgzhbyTpRn4gXin2ALis4iDzS3rMIeOsl1Y_RQgP8T4Z7k3ef11eQg5Y3g6zbDetOM7Epx_6DiOkImKUCo5B/w200-h125/orgulho-e-preconceito-bbc.jpg" width="200" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Lizzie e Mr. Darcy de 1995</div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div style="text-align: left;">Aqui preciso explicar um ponto: é inegável que os ingleses fazem as melhores adaptações. São clássicos da literatura nacional, então ele têm domínio nesse retrato. Ver as produções estadunidenses é como ver adaptações de Machado de Assis em português com sotaque do Texas! Não tem como comparar uma série de <i>period drama</i> da BBC com algo feito pelo cinema EUA.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">PORÉM AH PORÉM</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Temos o filme de 2005 feito pela Universal.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGGwtPObAFOroZx_K6iXac4PYsI3VQxEvt3TuiUPuDg7kWdPQMbt9ygnMLVHW86Dip5qxfL-wjw-4DNYh82hTA1oz1vS8hhKolLNIIlQy2iWaMh-dIoQx8B1WUAUqjDJC0CnMK0WVtuqUs/s391/20028635.jpg-c_310_420_x-f_jpg-q_x-xxyxx.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="391" data-original-width="289" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGGwtPObAFOroZx_K6iXac4PYsI3VQxEvt3TuiUPuDg7kWdPQMbt9ygnMLVHW86Dip5qxfL-wjw-4DNYh82hTA1oz1vS8hhKolLNIIlQy2iWaMh-dIoQx8B1WUAUqjDJC0CnMK0WVtuqUs/w148-h200/20028635.jpg-c_310_420_x-f_jpg-q_x-xxyxx.jpg" width="148" /></a></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">A atuação da Keira Knightley é impecável, e boa parte do elenco é inglês mesmo. O Mr Darcy é interpretado por Matthew McFadyen, ator premiado no teatro inglês e figurinha conhecida pelo público da BBC. Receita de sucesso! </div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Esse tem disponível na Netflix e vale cada minuto. Eu amo a fotografia, o figurino e as cenas de baile.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Uma curiosidade: a Universal fez uma versão "Tim Sam" do filme com um beijo na cena final. Um beijo nunca acontece nos livros e seria uma blasfêmia para o público inglês, mas eles acharam que ia pegar bem na terra da liberdade. Dizem que a blasfêmia não foi muito bem recebida nos cinemas dos EUA também, afinal literatura inglesa é disciplina da educação básica em vários estados e o pessoal conhece a história.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPGg09OT8bGQ9JY5rEFCyWui7ARHuVGGh6vz3FJMqEw4tDFIU_DybX6kseugu7pV1o48WQAaxD7-4D5FKdP7C0LgJyeb597Rot__vvi2EaiABnW_BZ61Dozmz1CQFqhEpCQvV1Zv8JI4JS/s790/5-melhores-releituras-orgulho-preconceito-imagem.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="435" data-original-width="790" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPGg09OT8bGQ9JY5rEFCyWui7ARHuVGGh6vz3FJMqEw4tDFIU_DybX6kseugu7pV1o48WQAaxD7-4D5FKdP7C0LgJyeb597Rot__vvi2EaiABnW_BZ61Dozmz1CQFqhEpCQvV1Zv8JI4JS/s320/5-melhores-releituras-orgulho-preconceito-imagem.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Outra curiosidade: Bridgerton também é altamente inspirado em Orgulho e Preconceito, eu, uma austenmaníaca, reconheci pelo menos 10 diálogos!! A locação escolhida para uma das cenas mais marcantes do filme de 2005, quando Darcy pede Lizzie em casamento com a seguinte frase "<a href="https://youtu.be/MEBRwEqRWQw" target="_blank"><i>lutei contra o meu senso, as expectativas da minha família e a inferioridade do seu nascimento</i></a>" (e ela não deixa barato e bota ele pra correr), é a mesma utilizada numa cena de encontro entre o Duque de Hastings e Daphne em Bridgerton. (confesso que bati palminhas quando vi 🤭)</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Curiosidade bônus: dizem que a Julia Quinn, romancista que escreveu Bridgerton começou a carreira escrevendo fanfics das obras de Austen. Isso explica o estilo e as constantes referências.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">E a medalha de bronze vai para <i><b>Mansfield Park</b></i>. Um livro com uma história mais madura e com uma pitada de crítica social (pitadinha né gente, estamos falando de uma escritora que faz parte da aristocracia inglesa...). </div><div style="text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKE9gW-X2EojNrHwUN3pYZBnGQqIk2qQ8H075Ymyu-7pNXZuwiqFWmDEbf8Z5Nq9b_SdlL87r0OepcdRV4bLlxzEI7Vjdb_zDoOPqriiGOhtTgCl1QPZL1mpN08i8JIJsHd9aiEI5Yl7Xh/s500/285a5d8f831fa584be1ecd89c6172960.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="303" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKE9gW-X2EojNrHwUN3pYZBnGQqIk2qQ8H075Ymyu-7pNXZuwiqFWmDEbf8Z5Nq9b_SdlL87r0OepcdRV4bLlxzEI7Vjdb_zDoOPqriiGOhtTgCl1QPZL1mpN08i8JIJsHd9aiEI5Yl7Xh/w121-h200/285a5d8f831fa584be1ecd89c6172960.jpg" width="121" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEij7bJyY6wN2karct1Wrn9EYYaUdaR7OwPthqfWz7jgmg_cU39MX8rw3r0OWbSnjbUcjYNPo0FqmygUoFPtJYFv2eQCMmdBTRSN7OAuZNnel7KzX4KHUiUIh2o0bN60tVOq2h4lYAQ68jRO/s2048/p23970_p_v10_ah.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1536" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEij7bJyY6wN2karct1Wrn9EYYaUdaR7OwPthqfWz7jgmg_cU39MX8rw3r0OWbSnjbUcjYNPo0FqmygUoFPtJYFv2eQCMmdBTRSN7OAuZNnel7KzX4KHUiUIh2o0bN60tVOq2h4lYAQ68jRO/w150-h200/p23970_p_v10_ah.jpg" width="150" /></a></div></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">A versão de 1999, traduzida como "Palácio das Ilusões", é a minha preferida. Fanny, a protagonista tem uma pegada cinderela, guria pobre que é acolhida pela parte rica da família, e se destaca como escritora. Nesse livro temos uma referência ao tráfico de escravos, quando Fanny fica horrorizada ao saber que ele existe (gente, é óbvio pra nós, mas imagino que Jane Austen transpôs a sua "descoberta" para a personagem).</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">É uma produção inglesa, então é bem boa mesmo. Gosto da atuação da Francis O'Connor (Fanny) e do Jonny Lee Miller (que faz também Emma e um seriado meio Sherlock que é bem legal - <i>Elementary</i>)</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Agora essa versão aqui é ruim de doer, fujam hahahah</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKErJG0N_ieroH-GYfmfQQEccj30p3ipU0qmcQKAGU8O5Ge9saJmLNr0TZCdu4GKBtrYoh5C0dULh94jdu2hw6nK-RXamMGahexjLbYSUJS7B_hLmmSAmZW_6XUpfVtM8vnLUz59UAJmL4/s386/42ad852536e30738f8192e0dfe40ef50.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="386" data-original-width="268" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKErJG0N_ieroH-GYfmfQQEccj30p3ipU0qmcQKAGU8O5Ge9saJmLNr0TZCdu4GKBtrYoh5C0dULh94jdu2hw6nK-RXamMGahexjLbYSUJS7B_hLmmSAmZW_6XUpfVtM8vnLUz59UAJmL4/s320/42ad852536e30738f8192e0dfe40ef50.jpg" /></a></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Pela capa já deu pra ver que a qualidade caiu né? As atuações são meio robóticas e os diálogos que deveriam ser "empolgantes" ficam prejudicados. Tão ruim que nem gastei espaço do drive com esse.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Em quarto lugar <i><b>Razão e Sensibilidade</b></i>. Uma história que envolve duas irmãs de personalidades diferentes e complementares que é uma lindeza de sentimentos.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><div>Esse livro é o segundo mais famoso, perde só pra OP, e tem quase tantas adaptações quanto o outro. Eu vi várias, mas nessa a BBC ganha de lavada!</div><div><br /></div><div>Em 2008 foi ao ar na TV uma série de 3 episódios que faz muita justiça ao livro: tem diálogos e silêncios delicados, um elenco maravilhoso e a divisão temporal (3 episódios) bem articulada.</div><div><br /></div><div>Quem gosta de chorar discretamente, vale o lenço!</div></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoRWGMy4Sp0LyzSC8jugCw1bM8ZQ8HWq9iIICdnRL3NPetBNlyjJxLgTk5PLbDxAONQPkN1zLmlfLGGeG4qSwHNN_wj3T0Pv05ujm9fhxUGM5QJHzG4I8DUtgg0r_-vYc15aBpSUH3kpHx/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="478" data-original-width="290" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoRWGMy4Sp0LyzSC8jugCw1bM8ZQ8HWq9iIICdnRL3NPetBNlyjJxLgTk5PLbDxAONQPkN1zLmlfLGGeG4qSwHNN_wj3T0Pv05ujm9fhxUGM5QJHzG4I8DUtgg0r_-vYc15aBpSUH3kpHx/" width="146" /></a></div><br /><br /></div><div style="text-align: left;">E neste caso não falarei das adaptações ruins (são muitas), mas indicar uma outra muito boa, feita em 1995 e dirigida pelo badalado diretor Ang Lee, essa adaptação ganhou até Oscar! Tem um elenco "de peso": Emma Thompson, Hugh Grant, Kate Winslet e Alan Rickman, e é um longa bem longo: 2h20min de filme!!</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Como eu disse antes, acho que os ingleses adaptam melhor a sua própria literatura, mas aqui os primos norte-americanos mandaram bem.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8j5w0ZzWp0Ywv0ngp_CXOZwllwtNxv6IVMM1M8PM_Y-oPs7gUmNfqo-eWNXHddg-vzbpasRTMz8iVnTGUyZhfzVCj7ZkyE1aw5d-kmARXDyShYbB-znpvEmoBdgkZPh0540tUH-VRoMHO/s708/razaosensibilidade1995b.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="708" data-original-width="500" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8j5w0ZzWp0Ywv0ngp_CXOZwllwtNxv6IVMM1M8PM_Y-oPs7gUmNfqo-eWNXHddg-vzbpasRTMz8iVnTGUyZhfzVCj7ZkyE1aw5d-kmARXDyShYbB-znpvEmoBdgkZPh0540tUH-VRoMHO/w141-h200/razaosensibilidade1995b.jpg" width="141" /></a></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Em quinto temos <i><b>Northanger Abbey. </b></i>Nesse dá pra notar a influência das Gotic Novels que estavam na moda, tem mistério, uns fantasmas e assombrações. Mas tudo muito pouco, perto da Mary Shelley e o <i>Frankstein </i>é literatura infantil🤭! Esse foi o primeiro livro da Austen, apesar de ter sido o último a ser publicado, e dá pra notar que ela ainda não tinha um estilo próprio, acho que por isso é mais gótico.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">A protagonista, Catherine, é meio boba mas ainda assim simpática, gostei do livro, mas o filme ajudou a dar uma melhorada na imagem dela que me fez relevar o ranço inicial.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Esse livro só tem duas adaptações, uma de 1987 e outra de 2007. A 1987 nem consegui baixar inteira, os pedaços que catei no Youtube achei muito, mas muito ruim. A de 2007 é bem boa, a atriz que faz a protagonista, Felicity Jones, é muito boa! (ela tem uma indicação ao Oscar de melhor atriz por "A teoria de tudo")</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBoZtRWzOIoh8RW8Uqst46TjOP0tfG7GZpQt3v7C_qqLutFX0VGTVxSEnRB1L8CIirW3IgQ9NXtSaab4EDC4H9wQRBiSPEPQP60kPd6E_VQ5HFy-lJD4NaPISb-TxJ0cN9mWF8-ICIZFDb/s265/images+%25281%2529.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="265" data-original-width="191" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBoZtRWzOIoh8RW8Uqst46TjOP0tfG7GZpQt3v7C_qqLutFX0VGTVxSEnRB1L8CIirW3IgQ9NXtSaab4EDC4H9wQRBiSPEPQP60kPd6E_VQ5HFy-lJD4NaPISb-TxJ0cN9mWF8-ICIZFDb/s0/images+%25281%2529.jpg" /></a></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Por último a mais chatinha de todas <i><b>Emma</b></i>. No livro ela já é uma chata, mimada e besta, e daí tem uma versão com Patrow que é insuportável. Achei ruim pra caramba. Mas como achei que era ranço por que o livro é o mais fraco de todos na minha opinião eu vi até a versão de 2020. E só pude concluir: Romola até salva a Emma na série da BBC de 2009, mas não tem jeito. Eu não sou fã da bobalhona da Emma. ahahahahah</div><div><br style="text-align: start;" /></div></div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6P95lE_U6f6QGRO_6NOEXnuqm87XaGEgmEOLQsn8l0JOrxZ0fsQQqfUfBBHbm5pUTXx32dsCIpg-b-Kl9AhFiGdUumB18ibLxRQ_4QpjhjVQsajdabS2UEueF83ozdDXPURmZXuQXLiqR/s1500/A1N2lF164RL._AC_SL1500_.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1064" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6P95lE_U6f6QGRO_6NOEXnuqm87XaGEgmEOLQsn8l0JOrxZ0fsQQqfUfBBHbm5pUTXx32dsCIpg-b-Kl9AhFiGdUumB18ibLxRQ_4QpjhjVQsajdabS2UEueF83ozdDXPURmZXuQXLiqR/s320/A1N2lF164RL._AC_SL1500_.jpg" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">A versão de 2009 também tem o <span style="text-align: left;">Jonny Lee Miller que ajuda muito!</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">Já a versão Tio Sam com a Gwyneth Paltrow é um pé no saco! #ranço</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijJRsHuo2NQiwILfL1xtE5FDngESMuRPmehDeeJPEUC80SYDolsSHez2Hk5iQgI9TbP914XQaDyQpaXLIgyfQjdWSJG2mSjcLJ941Kao62R1YZT0vb9zd_G1a5Z7NiJVtPu4oU2BDxJ7m5/s292/200px-Emma_1996.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="292" data-original-width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijJRsHuo2NQiwILfL1xtE5FDngESMuRPmehDeeJPEUC80SYDolsSHez2Hk5iQgI9TbP914XQaDyQpaXLIgyfQjdWSJG2mSjcLJ941Kao62R1YZT0vb9zd_G1a5Z7NiJVtPu4oU2BDxJ7m5/s0/200px-Emma_1996.jpg" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div>Por enquanto é só! Em breve sigo postando os livros e filmes.</div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div>E pra você que leu até aqui tem um prêmio!</div><div><br /></div>Criei uma pasta com todos os filmes indicados neste post: <a href="https://drive.google.com/drive/folders/1hdneVl5bpVsLD9ydu2k22s2PR14jEnl6?usp=sharing">clique aqui</a> e divirta-se na Austenland</div></div>Sherolhttp://www.blogger.com/profile/00840514922679987570noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2927485620159906164.post-3313943808350449342021-05-26T13:30:00.003-03:002021-05-26T15:16:32.483-03:00Devaneios pandêmicos #3<p> Compartilhando uma dica de válvula de escape para esses tempos insanos: podcasts.</p><p>Na metade do ano passado comecei a ouvir o Afetos Podcast, que é uma delícia! E fala realmente de afetos, de todos tipos e questões muito bem conduzidas por Gabi Oliveira e Karina Vieira. </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQVo3Lk0aR_ZO7t8cYwRuKoviRSDELBN-xIlkBkH0Hapax06LPhDO31hjianGoKHN-usuq0obGtWW5wZ-6-E7SXygGsKgxb2jdSXqx4x-NFc9IITqY5ERuG3VXtjVZ8_P6UQtr-xQ5NPOa/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="500" data-original-width="1500" height="107" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQVo3Lk0aR_ZO7t8cYwRuKoviRSDELBN-xIlkBkH0Hapax06LPhDO31hjianGoKHN-usuq0obGtWW5wZ-6-E7SXygGsKgxb2jdSXqx4x-NFc9IITqY5ERuG3VXtjVZ8_P6UQtr-xQ5NPOa/" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://open.spotify.com/show/3cEqpvXRLIyOZXAJTOERBR?si=y2GknqmKRsG1FBHxP7qv5Q" target="_blank">Clica aqui e abre no Spotify</a></div><br />Inclusive escrevo essas dicas aqui inspirada pelo último episódio que ouvi sobre válvulas de escape. O episódio sobre <a href="https://open.spotify.com/episode/4UidZ2Rn6vVLp9nlzZSJeq?si=2d8b208d4c554561" target="_blank">Terapia e Saúde Mental</a> me bateu de um jeito diferente, e quando ouvi <a href="https://open.spotify.com/episode/3g35eWuVYBulmtYKsTFgQP?si=c85b7c0580c44fc7" target="_blank">O poder da vulnerabilidade</a> confesso que chorei.<p></p><p>Em vários momentos parece que as gurias leem meus pensamentos. É realmente muito bom❤</p><p>E foi ouvindo o Afetos que soube da existência do Não inviabilize, e um novo vício me tomou!! Nem sei definir bem, mas o Não Inviabilize tem fofoca com responsabilidade hahahahahah</p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXqcHmJ2dkns6bOOUYi3F7LJRWGyr4j1v9ENV4NBD00touxUnfIEjiO1OtSdphuDmxfMURU8Km4X5pXbEGjsycFd0Hdu3jSh7bgOg-VGf9tFBRFLCKWrIy9M30foF0nEb9iIUOwyXMagHz/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="530" data-original-width="530" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXqcHmJ2dkns6bOOUYi3F7LJRWGyr4j1v9ENV4NBD00touxUnfIEjiO1OtSdphuDmxfMURU8Km4X5pXbEGjsycFd0Hdu3jSh7bgOg-VGf9tFBRFLCKWrIy9M30foF0nEb9iIUOwyXMagHz/w200-h200/image.png" width="200" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://open.spotify.com/show/66XCLKbi33MubYTZX2G2jW?si=30a4a885f31545fe" target="_blank">Clica aqui e abre o Spotify</a></div><br />A Deia recebe histórias reais e transforma em contos curtos e deliciosos de ouvir de todos os tipos: tem história pra rir, pra chorar, pra se indignar e pra se assustar. Eu maratonei o que tinha disponível no Spotify e em fevereiro entrei definitivamente para a comunidade no <a href="https://apoia.se/naoinviabilize" target="_blank">Apoia-se</a> e tenho pelo menos um Picolé de Limão pra ouvir por semana (e pra alegria da mulher trabalhadora por módicos 8 pilas!!)<p></p><p>APENAS AMO! Recomendo fortemente!</p><p>A grande dica é: sobreviva a essa pandemia e a esse governo!!</p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p>Sherolhttp://www.blogger.com/profile/00840514922679987570noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2927485620159906164.post-10740926836155891412021-05-24T00:21:00.003-03:002021-05-24T00:21:44.806-03:00Devaneios pandêmicos #2<p>Depois da minha separação reaprendi a gostar de ficar sozinha.</p><p>Mas na pandemia isso tem sido um incômodo.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dwFsUtCagq-SVIp-TSdzUhoFrJ80JsSrAnNfNNn70906qPcm4dw4SbnWujECcrhMVxd_ytkiBPQM9dyqjPDUQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Achei que esse trecho ilustra bem.... </div><br /> </div><br /><p><br /></p>Sherolhttp://www.blogger.com/profile/00840514922679987570noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2927485620159906164.post-48071502231423580472021-05-22T13:14:00.003-03:002021-05-22T13:14:32.748-03:00Devaneios pandêmicos #1<p> Estamos em maio de 2021 e vivenciando o 2º ano pandêmico.</p><p>Em março de 2020 iniciou-se um processo de isolamento social por conta de uma epidemia de um tipo de coronavírus, o COVID-19. O vírus começou a circular na Ásia em novembro/dezembro de 2019 e se tornou uma pandemia em março de 2020.</p><p>Em março as recomendações de quarentena aumentaram e a gente achou que ia durar uns 40 dias mesmo. Já estamos nessa merda há séculos.</p><p>Eu passei a trabalhar em casa em 18/03/2020. Teodoro nessa mesma semana também começou as aulas remotas.</p><p>Tudo mudou. Rotina alterada. A casa passa ser o único lugar de existir.</p><p>E eu passei por vários processos nesse período, mas o mais marcante é a desesperança. É o mais terrível também.</p><p>Olhando ao redor só consigo sentir que falhamos como humanidade, sabe? </p><p>Sei lá, quis compartilhar aqui esse devaneio.</p><p><br /></p>Sherolhttp://www.blogger.com/profile/00840514922679987570noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2927485620159906164.post-78358430667440000062021-04-26T09:24:00.000-03:002021-04-26T09:24:24.177-03:00Olá Blogosfera!!<p> Eis que chegamos em 2021 e alguém fez um comentário aqui nesse blog.</p><p>E eu que achei que esse universo aqui tinha sido implodido ainda persiste.</p><p>Quando criei esse blog, lá em 2011, era a possibilidade de "conversar" com as pessoas, e hoje esse espaço acabou sendo engolido pelas redes sociais.</p><p>Mas confesso que gosto daqui. Tenho mais espaço para divagar.</p><p>Então, tá decidido: voltei a escrever aqui.</p><p>Tem vários textos nos rascunhos e vou começar por lá. Ou não.</p><p>E essa é a vantagem: aqui não tenho limite de caracteres e nem preocupação com quem vai ou não vai me ler.</p><p>Vou aproveitar!</p>Sherolhttp://www.blogger.com/profile/00840514922679987570noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2927485620159906164.post-35247913302004777442018-10-18T11:50:00.000-03:002018-10-18T11:50:27.948-03:00Solteira e mãe: e agora?Hoje, talvez por que estou com saudade, mas com certeza por que eu senti vontade, quero escrever aqui sobre relacionamento.<br />
<br />
Postei algumas fotos minhas com meu boy magia e meu filho, e também já fomos vistos em trio por aí, e algumas amigas, principalmente as solteiras e mães, comentaram e mandaram mensagens curtindo a ideia e também lamentando o quanto é difícil encarar um relacionamento quando temos filhos.<br />
<br />
E eu me pus a pensar....<br />
Primeiro pensamento: por que somos "obrigadas" a ser """cuidadosas"""?<br />
O pai do Teodoro levou menos de 15 dias pós separação pra apresentar a nova namorada pra ele e não lembro de ninguém se preocupar com isso. Geral preferiu catar suposta traição e querer minha opinião... <br />
Sobre o Téo? Nenhuma linha.<br />
<br />
Ok, sabemos a resposta: cultura machista monitora mulheres..... enfim...<br />
<br />
A questão que passei a pensar é como a gente se liberta disso. Temos direito de viver vida de gente adulta mesmo sendo mães.<br />
<br />
Mas como???<br />
<br />
Vou contar a minha estratégia, por que muitas me perguntaram. Sei que não estou totalmente livre, mas escolhi alguns caminhos pra me levar lá.<br />
<br />
<b>
Passo 1: não banque o ser assexuado pras suas crias.</b><br />
<br />
Obviamente, as crias não precisam ser confidentes tuas, mas eles precisam estar cientes de que sim, mamãe gosta de companhia de adultos e beija na boca também. <br />
É algo sutil, mas necessário. <br />
O Teodoro sabe até alguns nomes de crush, por que ele é muito ligado e pesca as conversas. E sempre que perguntou "quem é fulano?" respondi com sinceridade: "é crush da mamãe" ou "um cara que a mamãe tá saindo "<br />
Ele não precisa dos detalhes, só precisa saber que eu amo ele, mas tenho uma vida separada da dele.<br />
<br />
<b>
Passo 2: reserve um tempo pra você. </b><br />
<br />
Esse é o desafio maior de qualquer mãe. <br />
Perdi as contas de quantas vezes meu sonho de princesa se resumiu a cagar sozinha!<br />
Abandone a culpa de deixar a cria com Pai/Vó/Dinda/Tia/Babá e fique sozinha. <br />
Saia pra encher a cara ou vá na missa! Não importa. Faça algo sem a cria. <br />
É bom pra ambos. <br />
Os pequenos precisam ter confiança que a Mamãe vai voltar, que a Mamãe sempre estará lá, que a Mamãe ama de longe também. <br />
Não vai ser fácil no início. Eu lembro até hoje da primeira refeição que fiz sem o Téo: como assim comida quente??? Não precisar cortar carne de ninguém foi bem estranho. <br />
Mas foi libertador. <br />
<br />
<b>
Passo 3: sim, você é um kit. Assuma esse fato e não peça desculpa por ser mãe. </b><br />
<br />
Não tem como fingir que você não tem filhos, isso é fato da tua vida e qualquer pessoa que queira fazer parte da tua vida tem que encarar isso.<br />
Vai ter dias que tu não vai poder sair por que a cria tá em casa, aquela viagem de feriado tem que ser planejada (se não em trio com quem deixa a cria?), tu vai ir em reuniões na escola depois do trabalho, ou vai buscar o adolescente numa festa no meio da madrugada. E tua parceria tem que saber disso e lidar com essa atenção dividida.<br />
<br />
E quando digo encarar não estou incentivando ninguém a suportar relacionamento por causa de filhx. De um lado e nem de outro.<br />
Nem você mãe precisa buscar alguém pra ser pai/mãe pras suas crias ou você que chegou na família tem que "assumir filhx dos outros".<br />
Estamos falando de relacionamento afetivo entre adultos: o mais importante é o afeto e o amor entre os adultos. <br />
<br />
MAAAASSSS<br />
<br />
O jeito que o/a cara lida com teus filhxs serve pra conhecer o caráter da pessoa.<br />
<br />
Uma pessoa que não consegue entender o espaço que tuas crias ocupam na tua vida, sejam elas crianças ou não, é alguém que muito provavelmente não vale a pena.<br />
<br />
E não se trata de "instinto materno", trata-se de sinais de abuso e precisamos estar atentas.<br />
Como pode alguém que te ama, te quer por perto, é gentil e tals não considerar uma parte de ti???<br />
É normal mudar agenda quando nos envolvemos com alguém, balada trocada por sexo e Netflix quem nunca, mas se as programações excluem cada vez mais as pessoas importantes do teu círculo, fique atenta.<br />
<br />
O boy achar melhor vocês sairem juntos sem a cria é normal, tu também prefere as vezes, mas se o cara some nos findis que a cria está em casa ou nunca inclui teus filhxs nos planos, abre o olho.<br />
<br />
Sim, esse boy não te ama e nunca vai amar.<br />
Ele quer mostrar poder e ter controle.<br />
<br />
Tu precisa do teu lado uma pessoa que não te enxerga como alguém com paixões e interesses diferentes das que ela espera?<br />
<br />
"Ah, mas ele não é obrigado a aguentar o filho dos outros!"<br />
<br />
Não mesmo, mas estamos falando dx filhx de quem essa pessoa diz amar/querer, não é "dos outros". Se tua parceria não é capaz de enxergar com ternura e respeito a tua relação com tuas crias, você está diante de um egoísta, e é esse tipo de relação que te faz feliz? Depois de criar filhx sozinha, ou se separar, ou ter uma produção independente tu precisa de uma parceria que desconsidera tudo isso? Ou que se acha mais importante de que tudo que tu construiu?<br />
<br />
Sim, você é um kit, e um kit que merece amor e respeito. <br />
<br />
<b>
Passo 4: sua cria é sua responsabilidade</b>.<br />
<br />
Ter alguém pra dividir tarefas e ajudar num perengue é ótimo, mas não se esqueça de que o filho/a é teu. <br />
Quem tem que seguir educando e intervindo nos comportamentos é tu, e o pai/mãe da criança.<br />
<br />
Digo isso por que tenho visto muita gente "desobrigando" pai/mãe por conta da presença do padrasto/madrasta, e isso é muito prejudicial pras crias.<br />
É ótimo que o recém chegadx seja bom padrastro/madrasta, mas não estamos numa "competição de amor", trata-se de aprendizado de responsabilidade. Quero que o Teodoro saiba que no futuro, se ele tiver filhxs a responsabilidade sobre as crianças são dele independente da relação que ele tenha com a mãe/pai da cria, e que os relacionamentos podem acabar com respeito.<br />
A gente ensina mais pelo exemplo do que pelo discurso. <br />
Outra questão que deriva dessa: a criança tem que respeitar o recém chegado, afinal é um mais velho e esse é um valor importante. Mas o recém chegado também tem que saber que pegou o trabalho andando e que algumas regras precisam ser respeitadas. No caso das crianças pequenas, as rotinas e hábitos precisam ser mantidas, e se a mãe/pai disse "não pode" isso tem que ser respeitado. <br />
Esse geralmente é um ponto de conflito entre o casal, e aqui mais uma vez é bom lembrar: o desejo de ter uma nova família não pode se sobrepor ao projeto de educação que tu fez pras tuas crias. Respira fundo e avalia: uma alteração de rota pode ser importante, mas mudar completamente o rumo é necessário?<br />
Tu te sente confortável com essas interferências?<br />
Sinta e ouça o teu coração. <br />
<br />
<b>
Passo 5: não tem lei nenhuma que impeça de apresentar seu namoradx/crush/amante/amor para suas crias.</b><br />
<br />
Se tem uma coisa que se reproduz muito nesse mundo é gente desocupada que se ocupa da vida alheia.<br />
Então se tu decidir apresentar teu novo amor no primeiro dia ou depois de 1 ano vai ouvir críticas. Vai apresentar os amores passageiros ou só relacionamento sério, vai ouvir críticas. Decidiu que o amor só dorme em casa se a cria não está ou colocou a cria a dormir no meio, vai ouvir críticas. Não tem jeito.<br />
<br />
Melhor saída: faça como e quando se sentir confortável. E ponto.<br />
<br />
Quem tem que estar bem com essa decisão é tu e as crias, o resto é opinião pura e simples.<br />
A casa é tua, as crias são tua e o relacionamento é teu. Ouça as opiniões de coração aberto (quem te ama merece ser ouvido), mas a decisão tem que ser pra fazer a família feliz.<br />
<br />
E ouça as crias, mesmo bem pequenos eles têm que participar, e são importantes na tua felicidade. Confie na sua percepção: sabemos quase que pelo cheiro quando as crias estão só de birra ou de fato desconfortáveis com algo. Ouça, veja e sinta. A tua harmonia com as tuas crias são pilares da tua saude mental e deles também.<br />
<br />
<b><i>
O último e mais importante passo: Ouça, sinta e permita-se ser feliz!!</i></b><br />
<!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/share/clipdata_181017_142139_304.sdoc--><br />
<b><i><br /></i></b>
<b><i>Bjs!!</i></b><br />
<b><i><br /></i></b>
<span style="font-size: x-small;">(Epifania de aeroporto... horas de espera podem ser boas.... perdoem a falta de revisão, escrevi no celular😉)</span>Sherolhttp://www.blogger.com/profile/00840514922679987570noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2927485620159906164.post-46379454811876489842018-06-14T18:52:00.000-03:002018-06-14T18:52:01.907-03:00Sobre o que eu NÃO queroAproveitando o clima de dia dos namorados eu quero falar de amor....<br />
<br />
Faz algum tempo que estou solteira e ultimamente parece que esse fato tem incomodado algumas pessoas.<br />
<br />
Eu no caso, nem tô.<br />
<br />
Mas como quase tudo na minha vida vira reflexão, parei pra pensar em por quê as pessoas querem tanto me arranjar um par e se preocupam em buscar razões para minha solteirice.<br />
<br />
Maior parte traz uma visão de que eu sou tão legal que mereço uma boa companhia.<br />
O que esquecem no caso é que boa companhia pode ser eu mesma.<br />
Mas tá, eu sou bem legal mesmo e entendo o ponto de vista. Fico até feliz por que a pessoa de um jeito meio torto tem carinho por mim....<br />
<br />
Talvez o que maioria não saiba é que já sei o que <b>não </b>quero, e isso é libertador, e ao mesmo tempo complicador.<br />
<br />
Cheguei numa etapa da vida em que sei muito bem as coisas que não quero pra minha vida, pois sei que esses "pormenores" roubarão minha paz. Paz essa conquistada com muito choro e riso, e portanto, um bem muito precioso.<br />
<br />
Pensando em tudo isso, comecei a anotar as coisas que me tiram a paz e o tesão. (o tesão principalmente...)<br />
<br />
Depois de alguns rascunhos, organizei os pensamentos em lista (mania já...) que aqui chamaremos de lista do <i>Não Quero</i>!<br />
<br />
Primeira questão que se coloca: e por que não listar o que eu quero???<br />
<br />
Pelo simples fato de que eu quero muitas coisas e tem coisas que nem sei se quero por que não experimentei.<br />
<br />
A verdade é que estou aberta para ser surpreendida e arrebatada, mas esse arrebatamento não vem.... e por que não vem??<br />
<br />
Deu pra perceber que pensei horrores sobre o tema né? Kkkkk<br />
<br />
Nesse mar de porquês, comecei a pensar nas coisas que me brocham instantaneamente e impedem o arrebatamento.<br />
<br />
Muitos me encantaram nessa última temporada, mas o balde de água fria tem sido muito gelado. Falta o arrebatamento. Condição fundamental para compartilhar uma vida com alguém.<br />
<br />
Então vamos passar a limpo a listinha que ficou no bloco de notas do celular por uns dois meses!!<br />
<br />
O que eu <b>NÃO</b> quero de um potencial parceiro.<br />
<br />
<b>1 - Não quero ser silenciada.</b><br />
É uma violência muito comum e só aqui fico com ZERO crushs na conta. Não conheço nenhum homem capaz de me ouvir contar alguma coisa, das mais banais descrições do cotidiano aos relatos de livros fodas que tenho lido, sem que eu seja interrompida com frases tipo "mas <b>eu</b> fiz...", "e <b>eu </b>que....". Ou que após ouvir """atentamente""" o que eu disse sejam capazes de repetir uma única frase dita (nem vou exigir que compreendam...).<br />
A realidade é que hoje, só consigo manter algum contatinho e fazer sexo por que abstraio e me finjo de louca. Deixo pra ter conversas boas e alegres com amigas e amigos.<br />
<br />
Preciso continuar?? Kkkkk<br />
Tá, mas vou.<br />
<br />
<b>2 - Não quero alguém que admire apenas minha bunda.</b><br />
Tenho uma bunda linda, é fato. Na real tenho um corpo confortável e lindo. Sei disso, estou muito bem instalada aqui dentro e até que é bom ouvir isso. Mas se não for capaz de admirar minha mente brilhante e a minha companhia nem vem.<br />
<br />
<b>3 - Não quero participar de joguinhos de desinteresse. </b><br />
Definitivamente não tenho o mínimo saco para quem disfarça interesse. Principalmente por que esse esforço em disfarçar um desejo e/ou sentimento revela o óbvio: covardia. Não tenho tempo pra covardia. Se tá curtindo minha companhia vamos sair e se divertir. Vamos se beijar, tomar cerveja e fazer sexo. Fazemos isso hoje e amanhã se tivermos vontade. Se no domingo a vontade desaparecer a gente não faz e pronto. Fazer joguinho de desinteresse com a desculpa esfarrapada de que "não quero me envolver" é de um narcisismo irritante. Quem te disse que a pessoa do outro lado quer casar contigo?<br />
Em resumo: falso desinteresse e covardia me brocham.<br />
<br />
<b>4 - Não quero estar sozinha num relacionamento. </b><br />
Não preciso de um companheiro no sentido utilitarista do termo. Preciso de boa companhia, alguém pra dividir umas loucuras e a conta do bar. Vejo manas enfiadas em relacionamentos só pra alterar o status no Facebook, sem que aquele relacionamento reverta em bem estar, orgasmos e sorrisos. E isso não quero de jeito nenhum. Pego minha solteirice e vou embora!<br />
<br />
<b>5 - Não quero os pioneiros. </b><br />
Nem sei como descrever esse ponto. É o que mais me irrita e brocha. Muito. Sério. Aaaarrrggggghhh<br />
<br />
É assim: tudo que a pessoa faz ela foi a primeira, seja em Porto Alegre ou no rolê, e as vezes no mundo t-o-d-o. Conheci nesses dois anos os pioneiros em todas as coisas possíveis: o primeiro a usar dread, o primeiro a ouvir trap, o primeiro a ouvir determinada banda de pagode (antes de serem famosos, obviamente), o primeiro a usar calça rasgada, o primeiro a jogar tal esporte, o primeiro a não achar a ex uma louca (sim teve esse), o primeiro a usar boné aba reta, o primeiro a jogar poker/futebol americano/handebol/basquete, o primeiro a postar vídeos no YouTube, e etc....<br />
Muitos desses pioneiros são tão pioneiros que lançaram moda antes mesmo de nascer!<br />
Ouvi de um guri de 20 e poucos anos que antes dele ninguém ouvia samba rock em POA e fui obrigada a perguntar: PORRA! Até o Bedeu te copiou?? E ele: "Provavelmente". (faltou espaço nas minhas órbitas oculares pros meus olhos virarem...)<br />
<br />
TEM DÓ!!! Será que dói ser apenas uma pessoa que admira tal coisa sem que aquilo seja "louvável"???<br />
<br />
Já deu pra perceber que pra mim tá difícil lidar com macho quer biscoito, né?<br />
Tu tem um ótimo gosto musical? Me mostra as tuas músicas prediletas, me chama pra dançar o teu melhor balanço.<br />
Tu é ótimo no teu esporte? Me chama pra te assistir jogar, me fala sobre as estatísticas e regras.<br />
Mostre não faça propaganda narcisista. Posso te admirar pelo que tu faz, pelo que tu gosta, mas nunca pelo o """pioneirismo""".<br />
<br />
<b>6 - Não quero os discretos. </b><br />
Já fui escondida por muito macho na vida pra abrir mão de beijo na boca e mão na cintura em público. Gosto de carinho e não preciso me esconder: sou uma mulher solteira. Posso sair hoje com um e amanhã com outro. E se decidir fazer isso é por que quero e me dedico igual. Já disse que fazer joguinho não é comigo né?<br />
Então se não for pra me beijar e tocar sempre que der vontade, seja em casa ou no trem, nem vem.<br />
E também se não tem vontade, nem vem.<br />
Sabe o beije a sua preta em praça pública?? Sou adepta.<br />
<br />
<b>7 - Não quero casar.</b><br />
Por incrível que pareça o mundo masculino é tão egocêntrico que se tu demonstra interesse eles correm por que tu tá querendo "prender", mas se tu deixa bem nítido no início que não tem essa pretensão de vida a mágoa pode ser notada no olhar "Como assim tu não me ama loucamente e não precisa de mim?"<br />
Eu não estou procurando um casamento, o que não significa que estou fechada a essa possibilidade.<br />
Fico irritada com a incapacidade de muitos machos de entender essa diferença. Minha meta de vida não é casar, isso não significa que eu não possa casar ou amar alguém.<br />
<br />
<b>8 - Não quero os palmiteiros.</b><br />
Homens negros que em pleno 2018 acham que só pegam mulher branca "por gosto" não merecem meu sorriso negro. Sério.<br />
O que mais passa pela minha mão são pretos que namoram mulheres brancas, são tratados como boy-toys e reclamam das pretas. Cansei.<br />
Aturam sogras racistas, piadinhas dos amigos das namoradas e sofrem calados em nome de uma masculinidade tóxica e racista. São os "nigga de estimação" das festinhas da CB e acham que tão arrasando.<br />
Tô fora. Pego meu Fanon e vou embora.<br />
<br />
<b>9 - Não quero ser "mulata ostentação" de omi branco. </b><br />
Se não quero os palmiteiro, dos brancos desconstruídos namastê gratidão amiguinhos dos nigga quero distância náutica!<br />
Já passei por alguns brancos na vida e ser hipersexualizada e transformada em bibelô não tá mais nos meus planos. Um homem que não entende o que é ser negrx nesse país e acha que o Sargenteli é herói não me pega mais. Nem pra dar as horas.<br />
<br />
<b>10 - Por último mas não menos importante</b>: se você que se entende como um crush meu, ler tudo isso e achar qualquer um desses itens listados aqui, um exagero, coisa de feminista, coisa de louca, ou ao ler estas linhas em algum momento pensou "assim ela nunca vai conseguir ninguém" me exclui do Whats.<br />
<br />
Bjs de luz!!!Sherolhttp://www.blogger.com/profile/00840514922679987570noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2927485620159906164.post-87041293369984611912018-04-26T22:41:00.000-03:002018-04-26T23:25:43.667-03:00Levei um bolo, mas fiz um café e comi!<br />
<div class="MsoNormal">
Amiga vim te contar um segredo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
É muito difícil se livrar da culpa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Tá vendo essa carinha aí na foto, toda plena e serena.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5A5OVtxFG728XXqqNTgExHImWVb2tn7ElZ-IvXYQUz2iPTc3VT2qXtgv2eow0OKStvv8ZxwrI_vyCQPt1xvNHQ4VobZLrv9CL3UihnIZ-xcqgxVK7x_dUc7Uq14eV7V3tPbuDQd1nuLlA/s1600/20180401_172501.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5A5OVtxFG728XXqqNTgExHImWVb2tn7ElZ-IvXYQUz2iPTc3VT2qXtgv2eow0OKStvv8ZxwrI_vyCQPt1xvNHQ4VobZLrv9CL3UihnIZ-xcqgxVK7x_dUc7Uq14eV7V3tPbuDQd1nuLlA/s200/20180401_172501.jpg" width="150" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
É foto. É pose. Mas também é conquista.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Há algumas semanas tomei um mega bolo de um crush. Com
direito a “manda a localização que já tô indo” e “beijos até daqui a pouco”. E
o cara nunca chegou. Nem sequer mandou uma msg dando/inventando uma desculpa.
Não me mandou nem a merda, como se diz por aí.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E por que eu tô contando isso pra vocês? O que isso tem a
ver com a foto?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Tirei essa foto alguns dias depois do ocorrido, por que
depois de muitos anos eu não sofri por isso.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E como tenho visto e ouvido cada vez mais minas reclamando e
postando lamentos sobre os comportamentos escrotos de machos eu resolvi dar
esse depoimento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
(principalmente minhas alunas e ex-alunas, adolescentes)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Vou usar o meu exemplo pra explicar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Dei uns beijos num preto bem delícia no carnaval. Fiz um
corre louco pra conseguir o número dele.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Coisa mais querida no whats. Trocamos várias ideias. Tudo
fluindo na maior paz.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Eu, como gosto de ao vivo, dou um jeito de convidar pra
sair. O preto topa de cara e parece empolgado com a ideia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Bingo! Tamo grande!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O dia se aproxima, várias mensagens e altos papos. Chega o
dia. Vamo? Vamo!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E ele não apareceu. Simplesmente disse “Tô indo” e nunca
chegou.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Qualquer mulher que esteja lendo esse relato está nesse momento
quase que automaticamente pensando “que merda que ELA fez.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sim, você pode ser a mulher mais empoderada do mundo, a
filha da Djamila Ribeiro e saber de cor a Simone de Beauvoir: a primeira reação
é se sentir culpada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Somos educadas para nos culpar pelo comportamento alheio. E
se o alheio for do sexo oposto, somos convencidas de que esse comportamento,
principalmente se for negativo, errado, escroto mesmo, deve ser por que <b>nós
</b>falhamos em algum ponto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E isso nos massacra.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Essas “aulas” começam com coisas simples, tipo “Fulaninho
puxou teu cabelo por que gosta de ti” na pré-escola até o clássico “Tu é mulher demais pra mim”
do namorado quando resolveu acabar com o relacionamento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A culpa é sempre nossa. Ninguém chama o fulaninho e diz pra
ele “Não pode puxar o cabelo da colega”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Por isso fiquei feliz quando tomei um bolo, e mesmo tendo o
pensamento de culpa automático (por que não estou numa bolha e vivo nesse
mundinho de meu deus) prevaleceu na minha mente o seguinte pensamento:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
“Putz, até queria, mas ele não quis.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Diferença pouca né? Mas perceba o pulo do gato: ELE NÃO
QUIS.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Vamos seguir esse raciocínio: ele não quis, logo, problema é
dele.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
TACA FOGO NO PAVIO E SOLTA OS FOGOS GENTYYYY!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Levou algumas décadas pra esse pensamento prevalecer na
minha vida. Que eu me recorde é a primeira vez que isso acontece sem que
nenhuma amiga ou minha mãe diga isso pra mim. E é mágico! Sinto como se tivesse
conseguido finalmente resolver uma equação de trigonometria sozinha!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O cara deixou de ser um cretino?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Não.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Essa é a minha conquista: perceber que a reponsabilidade por
uma atitude cretina é de quem tomou a dita atitude!! Ele tomou a decisão de não
vir e foi cretino o suficiente para nem sequer dar uma explicação E ISSO NÃO
TEM NADA A VER COM A MINHA PESSOA, isso fala mais sobre ele do que sobre mim. Eu
continuo sendo uma pessoa gentil, divertida e disponível. E ele? Pode até que
não seja um completo cretino, mas agiu de forma cretina e por mim assim será
tratado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Parece fácil né???<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
MAS NÃO É!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E aqui está a grande moral da coisa.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
(E a razão de eu escrever isso aqui e no FB, onde tenho
muitas alunas e ex-alunas, e um bando de gurias bem novas que me leem e eu
leio.)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Escrevo isso aqui pra você que acha que tudo isso que passei
e essa serenidade toda na descrição são fáceis. Que eu nasci esse mulherão da
porra prontinha. Eu quero destacar que NÃO e que <b>tudo bem em não ser</b>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O massacre da cultura machista e misógina é enorme, bem
articulado e está em todos os lugares. Eu levei mais de 20 anos pra poder
conquistar essa liberdade. Então tenha amor e paciência com você mesma.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sofra com as atitudes escrotas dos machos, não tem problema
nisso não. Mas tente manter em mente que são atitudes DELES. O cara foi
escroto, cretino e etc e tu tem todo o direito de dizer que a culpa foi dele
sem se culpar. A tua cabeça, a tia-avó, a vizinha e algumas amigas vão te dizer
que não, que ele era um anjo de candura e tu fez alguma coisa pra estragar. Até
as comédias românticas reforçam isso!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Chora e faz o mantra: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Atitudes cretinas são de responsabilidade dos cretinos que
as executam”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Atitudes cretinas são de responsabilidade dos cretinos que
as executam”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Atitudes cretinas são de responsabilidade dos cretinos que
as executam”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
“Atitudes cretinas são de responsabilidade dos cretinos que
as executam”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Talvez demore (eu espero ardentemente que não), mas tu vai
perceber que essa é uma grande verdade e vai se sentir feliz, realizada e
forte.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Pra finalizar: não estou com isso dizendo que machos
escrotos e cretinos devem ser perdoados. Parece óbvio pra você? Pula pro beijos
e tchau.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Não é tão óbvio? Veja você fazendo exatamente o que estou
alertando: não culpe a mulher pelo comportamento do macho. Escrevi mil
caracteres pra falar de amor por nós mesmas e formas de auto-cuidado e tu só
leu as partes que se refere aos caras? Lê de novo e se cuide, tá?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Beijos e tchau Povo!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br /></div>
Sherolhttp://www.blogger.com/profile/00840514922679987570noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2927485620159906164.post-2816288504006431232018-01-26T15:45:00.000-02:002018-01-26T15:45:54.034-02:00A Corte do Carnaval de Porto Alegre e o desmonte do Carnaval....<div class="MsoNormal">
Sobre a Corte do Carnaval de Porto Alegre quero escrever
umas linhas hoje....<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E vou começar dizendo que sim, eu vejo todos os problemas do mundo na escolhida ser uma
mulher branca.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E gostaria de coração de fazer “racismo reverso”, afinal pra
isso acontecer de alguma forma a população negra teria que ter como oprimir e negar
oportunidades a população branca e no fundo eu sou bem vingativa mesmo. Mas
como não posso ser racista reversa, nem ter um unicórnio, vamos aos
argumentos....<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A escolha, sem desfile, sem festa com a Comunidade do
Carnaval e seus simpatizantes, sem bateria tocando pras candidatas dançarem,
sem torcida é a faceta pública e escancarada do que esta cidade e este Estado
sempre fizeram com os negros gaúchos: apagamento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
São séculos e séculos construindo um Estado “europeu”, onde
a """""pouca escravidão"""" que houve era “””“branda””””, onde não existem negrxs.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas nós existimos e resistimos. Resistimos aos cortes de
verba, afinal Carnaval não é cultura. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Resistimos aos despejos, afinal Carnaval
no centro faz sujeira e baderna (blocos não fazem isso e o Acampamento
Farroupilha também não). Resistimos as interdições e todos os tipos de violência.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Resistimos e fazemos o maior espetáculo ao céu aberto do
Planeta Terra.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O carnaval é, sempre foi e sempre será uma festa negra.
Mantida, financiada e organizada por mãos pretas. Mãos que apanharam e
seguraram firme para chegar até aqui. E daí quando a beleza desse espetáculo
tem que ter uma representante ela tem que ser branca???</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Olha essa foto e me diz se tô loka ou tinha pelo menos outras 8 possibilidades????</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5kJC-0yiIt6194xxWzMej7U1d11nFBrtVqRFy99Y4v2CKLCoHhmxj95kNR4GzQkSkw_afq5-IYnYiCdT9tyu-cpRkThOvza7sMO8selBFnAwi1oP9f9rEZn734AhrIgfuyJfOyZmFxgZC/s1600/IMG-20180108-WA0060.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="1280" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5kJC-0yiIt6194xxWzMej7U1d11nFBrtVqRFy99Y4v2CKLCoHhmxj95kNR4GzQkSkw_afq5-IYnYiCdT9tyu-cpRkThOvza7sMO8selBFnAwi1oP9f9rEZn734AhrIgfuyJfOyZmFxgZC/s400/IMG-20180108-WA0060.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
“Mas Sherol, ela sabe sambar e já saiu no Carnaval outras
vezes”.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ok, vamos lá...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ela sabe sambar? Até sabe, dá pra notar que ela foi nas aulinhas de samba da Academia Topzera...... mas no universo de 9 candidatas
onde TODAS AS OUTRAS ERAM NEGRAS E MUITO MAIS ENVOLVIDAS NO CARNAVAL (no grupo
temos gurias que fazem parte dos quadros das escolas desde a infância!) vence
como representante máxima a candidata branca???<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ser Rainha do Carnaval não é ser finalista do BBB! É ser representante de uma festa popular ancestral, representar uma cultura e uma comunidade.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ela já saiu no Carnaval outras vezes? Que bom! Segregar
pessoas por cor da pele É COISA DE BRANCO. Na Comunidade Negra se tu chega pra
somar, pegar junto, e tá firme na alegria e na tristeza é parte da comunidade sem
sombra de dúvida. Negros e negras acolhem todos que vêm somar, só que exigimos
respeito.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Será que dói na branquitude não ser protagonista o tempo todo???<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
As pintas chegam com a festa pronta e querem assoprar a vela
do bolo e receber a homenagem?????<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Eu estou há um ano frequentando bastidor do Imperadores e
conheci e vi dezenas de pessoas que amam, vivem, se dedicam ao Carnaval o ano
todo. O ano T-O-D-O!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Por favor, respeita quem pode chegar onde a gente chegou!! Respeita as Velhas Guardas, respeita as tias que furaram muito dedo costurando no barracão e xs manxs que sangram nos couros dos instrumentos!</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Nós somos a resistência do Samba. Depende de mãos e mentes pretas a manutenção e a beleza desse espetáculo e ENTÃO O PROTAGONISMO JÁ É NOSSO, BASTA APENAS COLOCAR A COROA. E merecemos a Coroa!!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
É como diz o Racionais: “<i>Aí, Na época dos barraco de pau lá na pedreira. Onde cês tava? O que que cês deram por mim ? O que que cês fizeram por mim ? Agora tá de olho no dinheiro que eu ganho. Agora tá de olho no carro que eu dirijo. Demorou, eu quero é mais. Eu quero é ter sua alma</i>.”</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p>Daí também tem os argumentos dos baluartes da integração cultural, que foram lá no Facebook reclamar que quem tá querendo separar são os pretxs, e que Carnaval é cultura do Povo Brasileiro.</o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p>Quase chorei de emoção com esse argumento..... NO ENTANTO..... </o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Temos aqui só mais uma exemplo de como o sistema racista estabelece a branquitude como norma nesse país. A cultura negra pode ser invadida, violentada e submetida por que se fazemos qualquer esforço para proteger e defender aquilo que é nosso PAH! ESTAMOS SENDO RADICAIS E """RACISTAS""". Onde estavam esses baluartes da integração cultural quando fazer carnaval esteve a beira de ser crime de desordem pública??? Ano passado quando fecharam o Porto Seco e tentaram impedir de todas as formas NOSSO CARNAVAL onde estavam esses baluartes da integração cultural?????</div>
<div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E como cobertura temos a tentativa nada original de culpar a Praiana por ter colocado lá a candidata, afinal temos todas as condições de tocar o Carnaval sem apoio das instituições dominadas pela branquitude, falta "esforço" da comunidade negra não é mesmo??? Falta só me dizer que meus ancestrais foram escravizados por que não se esforçaram!!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Eu lamento muito o que as Diretorias tem que suportar para
manter o Carnaval. Nada de financiamento público e patrocinadores que nos veem
no maior clima de exótico.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E acredito que esse jogo só vai virar quando as Escolas redescobrirem a
força de suas comunidades. E inclusive se organizarem a altura do espetáculo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Não tem o Tesourinha pra fazer a escolha da Corte?
Fazemos na rua! Botas as baterias a tocar e escolhe a Corte! Não tem grana e
tem que vender a alma pra por a escola na rua? Faz uma vaquinha virtual e pega
1 pila de cada um e faz o Carnaval.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p>Mas também entendo a dor que isso é....</o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O racismo nos mói de muitas formas....<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E a escolha de uma mulher branca, que representa a branquitude e o projeto colonizador e embranquecedor do Carnaval é só mais uma dessas formas. </div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
Sherolhttp://www.blogger.com/profile/00840514922679987570noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2927485620159906164.post-38933120052473325772017-11-07T20:30:00.000-02:002017-11-07T20:30:00.575-02:00Sobre fins e recomeços e mudanças e afinsJá faz mais de um ano que estou separada, quase dois anos na real. Quem me conhece no mundo real ou acompanhou por <a href="http://achologias.blogspot.com.br/2015/12/playlist-da-fossa.html" target="_blank">aqui</a> (ou <a href="http://achologias.blogspot.com.br/2016/02/e-ai-como-tu-ta.html" target="_blank">aqui</a>) conhece um pouco da história. Em resumo: conheci meu ex em 2004 e vivemos juntos até 2015, tivemos um filho (que hoje tem 7 anos), construímos casa e carreiras juntos. Muito amor envolvido, tínhamos muito em comum e fizemos grandes coisas juntos. Teodoro é o fruto mais belo e bem acabado disso tudo.<br />
<br />
E um dia ele chegou em casa e disse que ia embora.<br />
<br />
Daquele sábado normal de novembro de 2015 até agora muitas coisas se passaram. Minha vida teve que mudar radicalmente de rumo, meus planos que eram sempre no plural (eu + ele) passaram a contar apenas com a minha soberana vontade.<br />
<br />
Isso é necessariamente ruim? Não, não mesmo. Mas é doloroso quando é forçado.<br />
<br />
Uma das questões que mais me intrigam até agora é que, quase dois anos se passaram e muitas pessoas (muitas mesmo) seguem me indagando e comentando coisas do tipo:<br />
<br />
- Não tem chance de vocês voltarem? (e suas variações...)<br />
- Mas que coisa horrível! Vocês eram ótimos juntos, uma hora se acertam.<br />
- Ele é pai do teu filho né? Então sempre fica alguma coisa...<br />
- Tu ainda sente falta dele?<br />
- O que tu aprontou?<br />
<br />
Minhas respostas vão de grunidos, passando por "ah tá!" de desprezo chegando a grandes debates. Tudo depende de quem pergunta.<br />
<br />
Explico:<br />
<br />
<i>- Não tem chance de vocês voltarem? (e suas variações...)</i><br />
Afinal, o estado normal é estar junto, não interessa saber por que acabou, se tem alguém ferido ou coisa que o valha.<br />
<i>- Mas que coisa horrível! Vocês eram ótimos juntos, uma hora se acertam.</i><br />
Aqui esconde-se a ideia de que alguém cometeu um erro e logo será perdoado e as coisas voltarão para o normal (normal = juntos de novo)<br />
<i>- Ele é pai do teu filho né? Então sempre fica alguma coisa...</i><br />
A relação entre marido e mulher, pai e mãe mais uma vez sendo misturada e jogada junto com a criança na água do banho. Se ele é pai do meu filho, eu tenho que automaticamente perdoar/entender/compreender/satisfazer/amar e etc... e, portanto, buscar a volta à normalidade (normal = juntos)<br />
<i>- Tu ainda sente falta dele?</i><br />
Essa sempre vem quando o interlocutor ou interlocutora "descobrem" que eu não tenho namorado. Se eu não substitui rapidamente a peça que me falta, é por que a antiga me faz falta. Sou um ser incompleto sem um homem por perto. [*olhos revirando ao infinito*]<br />
<i>- O que tu aprontou?</i><br />
Essa parte de pessoas que nos conheciam, e logo, por saberem de nossas diferenças de personalidade (nossa! que novidade!), basicamente, eu a extrovertida, mandona e questionadora e ele o gentil, educado e sábio, deduzem logicamente, que EU fiz alguma coisa que desagradou o santo homem. Aqui temos pitadas de um machismo universal e cansativo também.<br />
<br />
Mas percebam: DOIS ANOS depois e as pessoas seguem uma única lógica: eu não posso viver sem marido.<br />
<br />
Não penso nisso muitas vezes, mas toda vez que tenho que responder essas e outras questões correlatas essa reflexão se faz em mim... E como tudo que penso gosto de escrever, uso esse meu diário online pra pensar.<br />
<br />
A primeira coisa que penso é: porque essas indagações me incomodam tanto? Se já faz tanto tempo e tudo está onde deveria estar, por que me incomoda?<br />
<br />
Se tem uma vantagem que o decorrer do tempo tem é nos dar a distância necessária para refletir sobre algumas coisas. Pra mim, hoje está muito nítido que boa parte do meu sofrimento se deu pela forma desrespeitosa como o final do meu relacionamento se deu. Não houve agressão física, talvez tenha havido uma traição (mas tô cagando pra isso), mas a violência envolvida foi a psicológica. A mais dolorida e extensa de todas.<br />
<br />
Então cada vez que alguém pergunta sobre o fim do relacionamento insinuando que de alguma forma eu pretendo, no mais profundo do meu ser, que ele seja retomado, revivo aquele fim.<br />
<br />
Vou tentar explicar.<br />
<br />
Meu ex-marido deixou de me amar. Era (e é) um direito que ele e todos os seres humanos nessa terra têm. Várias coisas no nosso relacionamento (soube eu depois...) estavam incomodando e minaram o sentimento, a ponto inclusive dele se interessar por outra pessoa.<br />
<br />
Ok, difícil. Bem ruim mesmo. mas vemos violência nessa descrição?!<br />
<br />
Não, no máximo, sofrimento de um amor acabado.<br />
<br />
Acabando aqui, eu ficaria numa deprê fudida, choraria os mesmos galões que chorei e logo poderia seguir em frente. E muito provavelmente, as perguntinhas elencadas acima não me afetariam de forma alguma, nem sequer fariam pensar.<br />
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Mas, não. Não acabou aqui.<br />
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Meu ex-marido deixou de me mar e fez questão de me culpar. Desqualificou mais de uma década de convivência. Me descreveu como um ser humano egoísta, fútil e interesseiro. Menosprezou minha carreira, minha dedicação a maternidade, meu corpo, a forma como eu faço sexo.<br />
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Usou tudo que sabia de mim pra me convencer de que o fato dele ter se desinteressado, se apaixonado por outra pessoa, cansado e etc... tinha relação direta com meu esforço sobre-humano para fazer da vida dele um inferno por mais de uma década.<br />
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Aqui eu sucumbi. E é aqui que as perguntinhas que insistem que eu devo voltar, ou que o certo é voltar pra isso aqui me deixam triste, indignada e revoltada.<br />
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Na primeira fase, transitei entre o acreditar e pedir perdão (afinal, ele sempre foi referência em gentileza e justiça, devia ter algo de razão naquilo tudo), e o pensamento desolador de que eu não conhecia aquela criatura que despejava todo aquele lixo sobre mim (afinal, ser arrastado por uma mulher terrível por mais de uma década não combinava com quem eu conhecia).<br />
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Fiquei mais de uma semana apenas reagindo ao mundo ao redor. Nesse tempo, ele apresentou uma amiga para o Teodoro (no primeiro final de semana de visitas) e todos ao redor me dizendo: "<i>Ah olha aí! Sabia que tinha outra mulher envolvida!</i>"<br />
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E eu só pensava: E daí????? <b>Olhem pra mim, olhem pra issoooooo</b>???!!!!<br />
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Não me importava se ele casaria na próxima semana, ou já estava casado na semana anterior. Meu interesse, fator de stress, de dor e sofrimento mais agudo era pensar: quem eu me tornei?? Eu não sei amar??? Como eu destruí, sendo egoísta, fútil e maquiavélica as coisas que mais amava no mundo??<br />
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Que tipo de sociopata me tornei por amor?? A casa onde morávamos, o filho que tivemos, que eu sonhei, planejei, batalhei pra ser lindo, pra ser amor, na verdade era produto de uma mente doente?????<br />
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E no meio desse looping, eu ainda tinha que responder para as pessoas sobre o novo relacionamento dele??? Vão a merda!!! Perguntem pra ele!!<br />
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Nesse momento eu tinha um par de olhinhos brilhantes me acompanhando. Teodoro fez poucas perguntas sobre a separação, ele quis saber se ia precisar sair de casa e se o papai traria ele de volta pra casa. Eu precisava dar conta disso.<br />
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A fase dois foi de pacificação, olhei para meu filhote e encontrei a resposta. Ele segurava na minha mão e me olhava com um amor profundo e límpido. Confiava em mim de um jeito puro.<br />
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Definitivamente eu não era um ser desprezível.<br />
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E no meio de tudo eu precisei me reencontrar, fazer as pazes com a minha história e entender o outro. Nesse momento entendi que ele optou pelo caminho mais seguro emocionalmente pra ele mesmo, atacou para se defender. Encarar as próprias falhas exige maturidade e generosidade num relacionamento que poucas pessoas são capazes. Eu mesma levei um tempo para entender as minhas, e uma delas foi a super expectativa que eu criei para o nosso relacionamento.<br />
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Em várias camadas de mim, foi crescendo a certeza de que não provoquei toda aquela violência. Meus erros não justificaram nenhum daqueles ataques a minha autoestima e ao meu caráter.<br />
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Levei um certo tempo pra entender tudo.<br />
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E se querem saber, não perdoei e acho que tenho esse direito. Posso entender, posso aceitar e devo viver com a escolha dele pro resto da vida, mas não sou obrigada a perdoar. Conscientemente ou não, ele escolheu me ferir para se proteger, usou tudo aquilo que uma vez criticou (inclusive o privilégio masculino) para sair do relacionamento "ileso". Isso não foi justo, nem comigo, nem com a nossa história. E isso não tem perdão.<br />
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Convivemos muito bem, dentro do necessário para manter o Teodoro seguro. É isso que importa.<br />
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Hoje vivo a fase cruzeiro. Fiquei apenas com aquele pesar de um amor acabado, de planos frustrados e só. Estou mais segura, entendi as minhas fortalezas e fraquezas. Reforcei uma crença antiga de que ninguém é perfeito e não perdi a fé no amor.<br />
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Isso quer dizer que estou a procura de um novo amor???? <b>NÃO</b>!<br />
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Mas, com certeza, sou um ser humano capaz de me entregar novamente a um grande amor.<br />
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A violência que sofri não vai me paralisar. Sigo acreditando que somos capazes de amar com olho no olho e respeito, e mais do que nunca sei o quanto o amor e um relacionamento são construídos para serem fortes, mas podem ser frágeis.<br />
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Então, quando me encontrar na rua me pergunta sobre meus projetos, elogia meu cabelo e minha disposição. Meu filho tem um pai ótimo, e meu ex-marido tá no lugar onde deveria ficar: no passado.<br />
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BJS!!!Sherolhttp://www.blogger.com/profile/00840514922679987570noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-2927485620159906164.post-89603554927731475432017-06-18T16:36:00.000-03:002017-06-18T16:36:53.715-03:00Eu amo alguém que tem um alvo nas costas.Sim. Amo.<br />
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Parafraseei essa frase do trailer do filme do Tupac.<br />
Ouvi da personagem que faz a mãe dele e isso ficou doendo em mim pra sempre.<br />
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Amo vários alguéns nessa situação.<br />
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Faz um tempo que queria retomar esse blog, e faz quase a mesma quantidade de tempo que queria escrever sobre isso: homens negros.<br />
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E vou começar contando uma história real. Aconteceu comigo em fevereiro deste ano.<br />
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Domingo meio nublado, mas mesmo assim o combinado era levar meu pequeno Teodoro para curtir um bloco de carnaval de rua. A fantasia foi escolhida e comprada com antecedência, até a maldita espuma foi prometida. Com o pirata devidamente vestido e armado de sua espada, partimos.<br />
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Depois de algumas horas de circuito e um pouco de chuva resolvemos ir pra casa. Eu moro próximo, voltamos a pé. São pouco mais que 18h, está começando a escurecer.<br />
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Nos acompanha um amigo meu. Os dois resolvem apostar corrida numa calçada bem próximo de casa.<br />
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Cena normal, corriqueira. Tudo correndo na tranquilidade.<br />
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Segue a cena: uma mulher branca, aparentando uns 50 anos, está vindo na direção oposta na mesma calçada em que Teodoro está correndo alegremente. Quando ele passa pela mulher ela toma um susto e ergue as duas mãos, e ato contínuo, numa velocidade que nem sei descrever se vira pro meu amigo que corre pela margem da rua alguns passos atrás:<br />
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- Ai moço me devolve meu celular! Eu pago! Mas me devolve meu celular.<br />
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[preciso descrever meu amigo? Acho que maioria já entendeu, mas vou escurecer: negro, alto, cabelo com dreads quase nos ombros e sem camisa]<br />
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Nesse ponto eu me aproximo e rispidamente quase subindo na dita pessoa:<br />
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- Ah tá! Qualquer preto correndo é ladrão é???<br />
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Ela me ignora e segue pedindo para o "moço" o seu celular de volta. E ainda acrescenta a informação que foi assaltada há pouco tempo na rua mais embaixo e que precisa do celular. E que pode pagar.<br />
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Nesse mesmo momento o Teodoro para perigosamente na esquina e diz "Vamo Mãe!" e dobra a rua, meu amigo resolve retrucar a mulher.<br />
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- Olha, não sei de nada do teu celular! Te liga!<br />
- Eu pago o que for! Só me devolve!<br />
- Eu não peguei celular nenhum, a Sra. tá loka! (sobe um pouco o tom, mas ainda sem gritar)<br />
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Perdi uma parte da "conversa" por que o Teodoro virou a esquina e corri pra alcançar.<br />
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- Téo espera!!!!<br />
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Ele já tá parado perto da esquina e dispara:<br />
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- Mãe, ela achou que eu e o Fulano era ladrão?<br />
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Doeu. Doeu muito ouvir isso. Ele tem 6 anos! Ele tem 6 anos e não pode ser visto correndo alegremente pela rua?????<br />
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- Sim filho, ela achou. [não tenho o direito de mentir pra ele - e mais, algo dentro dele já sabia a resposta]<br />
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- Mas a gente só tava brincando de correr, eu até tava ganhando!<br />
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Nesse momento meu amigo nos encontra. Resmungando algumas coisas com os cabelos soltos, escondendo um pouco o rosto e olhos no chão.<br />
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Eu me sinto ferida de morte.<br />
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- Vamos ali no Paulista tomar uma cerveja - proponho um escape - . E vou comprar a maior porção de batatas fritas que ele tiver pra ti Téo, pode ser?<br />
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- Oba Mãe!<br />
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Seguimos os próximos metros num silêncio ensurdecedor.<br />
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No bar, enquanto o Téo se diverte com sua espada de pirata na calçada, o preto me olha e diz:<br />
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- Bah que véia loka! Eu até tô acostumado, mas a criança não tem nada a ver.... É foda.... o pior é que se me altero e aparece a polícia eu tomo uma ruim...<br />
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Comentamos o assunto, mas uma frase ressoa na minha cabeça martelando e doendo:<br />
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"<i>Eu até tô acostumado</i>"<br />
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De repente a realidade me dá um soco na cara, bem no meio da cara: nossos pretos são brutalizados pelos sistema racista dia-a-dia, sem trégua.<br />
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Meu filho aos 6 anos (SEIS) é um ladrão em potencial só porque decidiu correr na rua.<br />
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"<i>se me altero e aparece a polícia eu tomo uma ruim</i>"<br />
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Muito cedo um homem preto tem que se conformar com um injustiça, não pode reclamar, tem que se "acostumar" com essas violências para se manter VIVO.<br />
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Eu me vi mãe e amante de homens pretos violentados, e não pude fazer nada.<br />
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Não se trata de estabelecer um "sofrímetro" e medir quem é mais violentado pelo sistema racista, homens ou mulheres e todas as variações de gênero. Aqui temos a intereseccionalidade nos cortando e ferindo.<br />
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O que é fato é que nossa ancestralidade nos une. O racismo nos massifica e moe na mesma intensidade. Minha questão é entender esse mundo no qual a pessoa que mais amo vai mergulhar.<br />
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A violência e o genocídio dos nossos jovens homens negros é algo real, cruel e urgente de ser discutido, no entanto, quanto mais me aproximo da militância negra, mais uma questão reverbera na minha mente cadê os pretos??? Precisamos discutir com os homens negros essa questão, mas cadê???<br />
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Tem roda de conversa, discussão, palestra, curso, aula pública ou não, olho ao redor e vejo várias minas pretas, várias bixas pretas e os manos?<br />
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É possível que as pautas da negritude não afetem os homens?? Não. Acredito fortemente que não.<br />
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Então cadê????<br />
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Não sei responder. Queria muito, mas não sei.<br />
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Tenho pensado muito nisso e também observado nossa militância feminina a esse respeito. E o que mais vejo é "meio-Ubuntu". Explico: sou por que nós somos, mas só se esse nós for mulher preta como eu.<br />
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Antes que eu seja apedrejada, vou escurecer: acho legítimo e absolutamente necessário espaços de fortalecimento e militância de mulheres negras (de LGBTT's e etc) tanto que faço parte de um grupo lindo que trabalha nesse sentido. Estou aqui me referindo a algo que tenho notado e me corrói por dentro: será que não estamos fazendo o jogo do colonizador quando não separamos a vivência de homem NEGRO dos homens ao nosso redor??<br />
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Será que não estamos fazendo o jogo do colonizador quando só pensamos nas questões relativas aos homens negros quando dizem respeito a nossas relações sexuais-afetivas?? Não estamos também hipersexualizando nossos irmãos?? Em poucas palavras: estou falando de parar de enxergar todo e qualquer homem negro como um "parceiro sexual em potencial" (sim, amigas pretas, vejo isso com uma frequência assustadora).<br />
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Eu estou propondo aqui que a gente dê aulinha pros pretos ao redor? Que perdoe tudo em nome da "irmandade"?<br />
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Não.<br />
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Só proponho que caminhemos juntos, que a gente não perca a oportunidade de conversar com aquele colega de faculdade "palmiteiro" sobre seus relacionamentos, que a gente possa entender, compreender e confrontar amorosamente nosso irmão que namora uma preta super bacana e firmeza "escondido" da família. Que possa encontrar aquele colega antigo do colégio e de alguma forma dizer pra ele "cara, tenta a faculdade! Tu sempre foi um cara estudioso".<br />
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Proponho cuidado. Cuidado entre nós. Amor entre nós. Seja ele amor-romântico, seja ele amor-fraterno.<br />
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Essa vai ser a solução? Não. Mas é parte da estratégia que funcionou no passado, sobrevivemos cuidando uns dos outros.<br />
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Sou empurrada pra essa esperança cada vez que olho pro Teodoro. Queria muito poder descolar o alvo nas costas dele.<br />
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A proposta é Ubuntu real.<br />
Que saibamos sair dos textões de Facebook e estender de fato as mãos aos irmãos e irmãs.<br />
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Bjs!!!<br />
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Em tempo: tenho plena noção do quão cansativo é ser mulher preta nesse mundo, somos as eternas educadoras, sei o quanto cansa ser didática sempre (com nossos filhxs, nossos amores e etc), então se for pra criticar esse ponto nem comenta aqui... me traga um novo ar pra essa discussão que tô precisando.....Sherolhttp://www.blogger.com/profile/00840514922679987570noreply@blogger.com0