quarta-feira, 25 de abril de 2012

Nem sempre piora...

Sofro de um mal que acomete muitas pessoas: sempre acho que "antes" era melhor. Talvez essa síndrome do passado perfeito tenha me levado a carreira de historiadora. Talvez.. O certo é que consciente da minha "doença" busco sempre relativizar as coisas. Sempre que penso, mas antes isso era melhor, me pergunto será mesmo??
De tanto fazer isso, tô me curando e ando meio cansada do discurso "no meu tempo era melhor". Acho realmente que muitas coisas mudaram pra melhor, vou dar um exemplo que adoro.

Sempre que passo na frente de uma escola no horário de entrada ou saída dos alunos me chama muito a atenção os adolescentes se cumprimentando com beijinhos no rosto e abraços. Não interessa se são guris e gurias. Sempre tem um grupo em que o guri chega e tasca beijos nas bochechas das colegas gurias sem medo. (e vice e versa também rola)

No meu tempo de colégio isso era algo impensado. Tentei me lembrar de quantos beijos no rosto dei dos meus melhores amigos (guris) nos 7 anos que passamos juntos e só me lembro de um ou outro nos aniversários, e isso já no Segundo Grau (leia-se Ensino médio ;-). Passei uma vida inteira jogando basquete com uma turma de guris e gurias com os quais nunca foi "permitido" um afago e um carinho.

Por quê?

Ora, por que....
Porque.....

Não tem um porquê. São vários porquês. O que me chama atenção é que a minha geração que hoje tá na casa dos 30 e se acha "moderninha" se esqueceu que algumas coisas melhoraram sim.

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