sexta-feira, 3 de junho de 2011

Basta! De quê mesmo?

Ontem, na blogosfera materna todas fomos convocadas para mais uma mobilização: "Eu digo um basta e você?". A mobilização foi convocada pelas sempre tão lúcidas gurias da Rede Mulher e Mãe. Passei o dia desconectada, então fui me inteirar do assunto.

Vou resumir com as minhas palavras: uma pessoa pediu que o pessoal do CQC, da Band, divulgasse o Mamaço Nacional que vai acontecer no domingo. E os caras fizeram piada.

Só.

Simplifiquei demais?

Não acho. Na verdade acho que estão dando luz demais para o que não é importante.

Sim, é um absurdo o que aconteceu no Itaú Cultural. A mobilização foi importante, temos realmente que defender nosso direito e de nossos filhotes. Sim, o episódio das fotos "censuradas" no Facebook também mereceu mobilização. Sim, o maluco que comparou amamentação com masturbação mereceu um esporo público na web.

Mas ficar achando que uma piada é perseguição, pra mim, é demais. O Jornal Nacional, até onde sei, não divulgou o Mamaço também, alguém aí apedrejou o William Bonner?

Porque ninguém convoca uma blogagem coletiva contra o Zorra Total? Há anos não vejo esse programa, mas na última vez que recordo tinha uma mulher nua atrás de uma cerca de madeira que lhe cobria apenas a genitália e os seios, ela se esforçava para que um "caipira" a aceitasse. Assim, de brinde. Quer algo mais escroto que isso? Mulheres oferecidas como souvenir em rede nacional.

Isso pra não falar no Pânico, com suas siliconadas rebolantes enfeitando o palco, ou ainda semi-nuas passando por provas completamente humilhantes.

Ah, mas são programas de humor, deixa pra lá! E o CQC é o quê? Programa de orações?

Vivemos a paranóia do politicamente correto. E o pior, a ilusão da democracia: "Sou super democrático, desde que sua opinião não seja contrária a minha.". Esquizofrenia pura.

No post que convoca a blogagem lemos a seguinte frase: "Blogagem Coletiva - Um BASTA à proibição".

Opa, perdi uma parte: que proibição????

Até onde sei único fato "novo" nessa do Mamaço era o tal comentário no CQC. O Rafinha Bastos e o Marcelo Tas são bem "influentes", mas suas opiniões não têm força de lei. E muito menos pra me fazer parar de amamentar onde bem entender.

A polêmica tomou corpo com um post no blog da Lola, gostei do texto, os dois que têm esse tema (aqui e aqui). Diz ela que o Tas quer processá-la. Bueno direito dele, se sentiu ofendido paciência. Ela perdeu a mão em alguns momentos, mas tb tem direito de dizer o que pensa. Empate técnico.

Vou no Mamaço do domingo, defendo com unhas, dentes e peitos o meu direito de alimentar meu filho onde eu quiser, onde me sentir confortável. Mas não vou aderir a blogagem coletiva porque detesto fundamentalismos, de todos os tipos. Sigo com a bandeira PRÓ-AMAMENTAÇÃO, bandeiras "contra" não me atraem muito.

Pra fechar, vou citar um texto que saiu hoje na Zero Hora, do David Coimbra (não tenho o link pq recebi via e-mail). Não sou fã dele, muito menos da ZH, mas nesse texto ele se puxou e concordo em gênero número e grau:


03 de junho de 2011
DAVID COIMBRA

As vítimas do Brasil

OBrasil atingiu um nível de tolerância intolerável. Estamos sob a tirania dos mais fracos. Basta o sujeito ser de uma suposta minoria para oprimir a suposta maioria. Exemplo da hora: os ciclistas de Porto Alegre. São os oprimidos opressores do momento. Um psicopata engatou uma terceira e tocou o carro por cima de uma vintena deles, semanas atrás. Um crime, um absurdo e tudo mais. Mas por que os ciclistas estavam ocupando TODA a via PÚBLICA na hora do atropelamento? Por que os ciclistas de Porto Alegre, quando pedalam em grupo, continuam ocupando TODA a via pública?

Outro dia alguém se queixou por ter ficado 15 minutos preso atrás de um pelotão de ciclistas, numa sexta à noite. Disse assim, o queixoso:

– E se eu estivesse indo para o hospital? E se fosse uma emergência?

Ora, não é preciso haver uma emergência para censurar quem bloqueia a via pública sem permissão. Posso estar indo ao cinema, ou para a minha casa, ou posso estar simplesmente rodando à toa, não interessa, eles NÃO TÊM DIREITO de obstruir a rua. Só que o caso do atropelador psicopata lhes conferiu uma arrogância desafiadora. Já vi ciclista xingando motoristas, ameaçando chutar a lataria do carro. Eles agora são inimigos do motor à explosão, defensores intransigentes da tração animal. E ninguém pode dizer que prefere andar de carro. Por quê? Porque se transformaram em vítimas. A vítima pode tudo, no Brasil.

O cara fala nóis fumo, nóis vortemo, nóis pega os livro, mas num sabe lê? Não ouse corrigi-lo. Se o fizer, você revelará todo o seu preconceito linguístico, você será da classe dominante que oprime a classe dominada com a gramática. Pobre classe dominada, sufocada por mesóclises e concordâncias perfeitas. Há que se tolerar quem não fala a “norma culta”. Se o professor disser que quem fala nóis pega us livro está “falando errado”, o aluno vai se traumatizar, vai “se sentir entre dois mundos”. Mais uma vítima nesse país de vítimas.

As verdadeiras vítimas do Brasil são os poderosos. Ou os supostamente poderosos: os parlamentares. Você quer posar de revolucionário, de defensor dos mais fracos, de corajoso? Enxovalhe o parlamento. Fale que é tudo culpa dos políticos, inclusive daquela taipa que você elegeu. É sempre saudável desancar um político. Faz bem para a pressão, alivia o estresse, todo mundo concorda com você e você se sente... uma vítima. Todos somos vítimas dos políticos.

Agora mesmo, em meio à polêmica Bolsonaro-homofobia, ouvi gente boa defendendo publicamente o fim da imunidade parlamentar. Seria o mesmo que acabar com o Legislativo. Porque o deputado pode até ser uma besta, mas ele tem direito de dizer besteira. Ele é um parlamentar; o parlamentar parla. Bolsonaro está defendendo ideias retrógradas e tacanhas porque representa um eleitorado retrógrado e tacanho. Que tem direito à representação. Bolsonaro diz que não aceitaria que o filho dele fosse homossexual. O eleitorado dele também não aceitaria. Eu mesmo, eu aceitaria sem problemas que meu filho fosse homossexual, desde que não fosse corrupto ou vegetariano.

Pronto. Acabei de transformar os vegetarianos em vítimas."


As feministas dirão que ele é machista e lerão "mensagens subliminares" que dizem que todas as mulheres são fracas. Para essas já liguei o botão do FODA-SE.

Eu não sou vítima de nada, a não ser das minhas próprias ideias.

Quem sabe alguém também não goste de mim e me dê uma audiência de graça ;-)




P.S.: Gosto do CQC, gosto tanto do Tas quanto do Rafinha. Quem já viu A Liga, outro programa da Band, entende um pouco melhor o "personagem" Rafinha. Mas não acho que eles tenham assim tanta importância.

P.S.: Como sempre a @maedemerda traz um ponto de vista interessante, leia o post aqui

P.S: descobri a pouco que o vídeo polêmico se quer foi em rede nacional, foi na continuação do CQC na web... afff..... link aqui

17 comentários:

  1. O que eu penso é o seguinte: Se você é uma mulher informada, pró amamentação - em publico ou não - se você ACREDITA na amamentação, não VAI SER um Marcelo Tas, ou um Rafinha Bastos com comentários nojentos - que sempre existirá, não só da parte deles - que fara com que você pare de amamentar.

    Essas pessoas - inclusive o 'portal' rede mulher e mãe - deveria parar de perder tempo com isso e sim, INCENTIVAR a amamentação, INFORMAR muitas mulheres por ai que não tem a MÍNIMA informação sobre amamentação mesmo sendo da "era moderna da internet".

    Isso sim seria ótimo!
    Eu continuo achando que atitudes como a do Rafinha e afins, são nojentas, porém homens assim infelizmente existe! Acho legal ficar indgnada, protestar, mas acredito também que as pessoas tem de ter sim o bom senso, sabe? Tem um limite!

    Ficaram indgnadas porque o Marcelo Tas quer processar, mas pera ai, a Lola pesou na mão, ofendeu o Marcelo Tas, sendo que, pelo que observei no video ele estava fazendo de tudo para desconversar, cortar, etc. Ele não pode controlar tudo o que dizem ali.
    Outra, o Rafinha bastos faz isso para conseguir audiência, o trabalho dele é ser polêmico!

    É tipo eu querer ficar levantando a bandeira pró parkinson - meu pai tem - a cada piadinha que rola por ae!


    Beijos

    ResponderExcluir
  2. Obrigada Kira!!!

    Tô contigo nessa, tem tanta mãe adolescente precisando de orientação pra amamentar que chega a dar dó! Mas na "sala da justiça" seguimos gastando latim com quem não merece!

    Grande bj!

    ResponderExcluir
  3. Oi Sherol, cheguei aqui pelo twitter da @maedemerda.
    Gostei muito do seu post e quero deixar aqui o meu achismo tb:
    Eu sou mãe de um menino de 7 meses, que mamou no peito até os 5. Mamou até os 5, pq meu leite secou, ele morria de fome e, além disso, precisei fazer uma cirurgia de emergência, que me fez tomar rios de antibióticos. Parti pra mamadeira e meu filho se tornou uma criança muito mais feliz, saciado.
    Acho amamentar natural. Nunca passou pela minha cabeça se era certo, errado, bom ou ruim. Pra mim era normal.
    Qdo precisei parar, parei. Ele recebe afeto e carinho do mesmo jeito. Não sou uma mãe pior, pq não pude mais dar mamá pro meu filho.
    E esta semana, lendo sobre a plêmica da amamentação em público, CQC, etc, pensei e cheguei a duas conclusões:
    - O que interessa a opinião do Rafinha Bastos e do Tas para os bebês? Alguma mulher vai deixar de dar o peito pro filho por causa disso? Duvido.
    - o que será que os bebês pensam qdo estão sendo amamentados no corredor de um shopping, com barulho, movimento, zoeira nos ouvidos? Só posso falar meu filho, que nunca conseguiu mamar no barulho. Sempre preferi ficar num lugar mais calmo, para que ele pudesse mamar em paz.

    Enfim, é isso. Não me leve a mal. Acho que cada mãe dá o peito pro filho, onde quer e como quer. Pq cada mãe conhece o seu filho melhor do que qq outra pessoa.

    Um beijo e parabéns pelo blog!

    ResponderExcluir
  4. Tô contigo tb! (nossa será que sou uma falsa hehehehe)

    Mas sério: só o fato de tu ter lutado com as tuas "armas" para que teu filhote tivesse o melhor é o suficiente!

    Muito obrigada por ter lido o blog!!

    Bjs

    ResponderExcluir
  5. Nossa voce resumiu tudo que eu falei ontem no tuí. 80% das pessoas nem sabiam o que tinha acontecido e agora sabem.
    O cara falou que estuprador merecia premio e nao vi mobilização (e isso sim é crime). O que terceiros sentirem nojo muda na vida?
    Até brinquei hoje "cadê mobilização contra as mulheres fruta?"
    E eu acho que qualquer pessoa tem sim o direito de achar nojento, desagradavel, constrangedor, sentiimento né? Não sou eu ou uma blogagem coletiva que vai dizer como as pessoas devem SENTIR, se o cara é doente, meu, problema dele, vira a cara, não vindo ME importunar quando to dando mama pode ficar com seus sentimentos, eu deixo. Beijos

    ResponderExcluir
  6. Acho muito válido todas falarem o que pensam, inclusive serem contrárias à blogagem. Entretanto, acho que a motivação não ficou clara.
    Quando decide-se fazer uma manifestação como essa, ninguém está sendo somente "politicamente correto". Vc diz "Vivemos a paranóia do politicamente correto. E o pior, a ilusão da democracia: "Sou super democrático, desde que sua opinião não seja contrária a minha.". Esquizofrenia pura." Ninguém está bravo por terem uma opinião diferente da nossa.
    O que tornou toda a história deste tamanho foram as ofensas e o desrespeito a um ato de amor - que vc mesma defende.
    É lógico que a opinião de caras como esses não vão nos influenciar. Mas ao ofenderem um direito que é nosso, que é natural, ao colocar as mulheres que amamentam em um patamar desse, acho que todas têm, sim, o direito de se manifestarem, sem passarem pelo piegas de quererem somente o "politicamente correto".
    Aliás, tem um texto ótimo do Marcelo Rubens Paiva sobre isso: http://blogs.estadao.com.br/marcelo-rubens-paiva/a-moda-do-reaca/
    Abraço
    Sofia

    ResponderExcluir
  7. Olá Sherol, cheguei aqui pela Kira, e realmente gostei do teu ponto de vista. Mas eu fiquei muito enojada com o que Rafinha Bastos e cia falaram (não em rede nacional como disseram, mas só para quem assistiu na internet). Fiquei enojada e revoltada, por que tem muita gente-papagaio, é como eu chamo aquelas pessoas que vêem algo na mídia, acha legal, e repete por aí se achando o tal. Eu não quero ter que ouvir de um "tal" por aí esse tipo de coisa. Eu já não gostava do CQC, pois eles fazem com os políticos exatamente o que o David Coimbra disse no texto, e fazem da pior maneira possível. Nesse quesito, até o Pânico é mais educado que eles (claro que com a Sabrina Sato entrevistando, fica "mais leve" a coisa). Já é ruim amamentar em público, e espero não estar exagerando com as minhas neuras, mas acho que vai ficar pior com comentários como os do Rafinha Bastos e Marco Luque.
    Nos vemos domingo, no mamaço, sou de Porto Alegre e estarei lá também! Abraços!

    ResponderExcluir
  8. Querida Sherol,

    Em primeiro lugar, quero deixar claro que acho muito legal ver o contraponto, outros pontos de vista. Se você acompanha o blog da Mulher & Mâe, e eu sei que acompanha, já sabe quanto eu acho ultra saudável abrir discussões sobre os temas, debater etc.

    Vou tentar aqui colocar meu ponto de vista, assim como esclarecer algumas coisas que foram ditas e não são verdade.

    1- Também sou contra o exagero do politicamente correto. Acho que isso está emburrecendo uma geração simplesmente por acreditar que as pessoas não saber discernir o certo do errado. Ja escrevi sobre isso: http://redemulheremae.blogspot.com/2011/02/voce-ja-atirou-um-pau-no-gato.html

    2- Sobre dar muita luz ao problema, a Lu Brasil também falou disso. E eu acho que algo como isso deve sim ser gritado! Quero que todo mundo saiba o que foi dito. E dai sim podem ter uma opinião formada. No seu caso julgou como uma piada inocente. No meu caso julguei como um absurdo machista e ofensivo. Mas as duas tivemos oportunidade de ver e formar opinião.

    3- Em momento nenhum disse que foi perseguição. Nem acho isso. Acho que foi desrespeitoso, ofensivo, machista, grosseiro e de mau gosto.

    4- Te dou razão quanto ao nome da blogagem, realmente não expressou o que eu queria dizer.

    Também sobre o rede nacional, você tem razão. Vou mudar isso no texto. Obrigada =)

    5- Hoje publiquei o meu BASTA, meu texto para a blogagem, aonde condeno não só o preconceito contra a amamentação, mas contra obesos, anões, gays, etc. Achoq ue lá expressei melhor minha opinião: http://redemulheremae.blogspot.com/2011/06/blogagem-coletiva-basta.html

    6- Quando a Kira fala que se vc é pró amamentação não vai ser esse tipo de comentário que vai mudar a opinião, ok concordo. mas em momento nenhum o ponto foi esse.

    7- Sobre o outro comentário da Kira, acho que vocês não conhecem o trabalho do Grupo Mulher & Mãe: Temos um canal de TV, uma revista e a plataforma online. Temos a chancela do Unicef aonde divulgamos juntos (MM e Unicef) mensagens a favor do aleitamento (benefícios, direitos da mãe e do filho, maneiras de fazê-lo, maneiras de prolonga-lo) com a porta voz Cássia Kiss.Temos também apoio do Ministério da Saúde por sermos um canal que acredita e incentiva o aleitamento exclusivo até os 6 meses e prolongado até 2 anos.
    Então eu só peço por favor para que vocês se informem antes de citar o nosso nome como "essas pessoas" que perdem tempo e não incentivam a amamentação.
    Assim como eu, outros blogs envolvidos (como o da Anne Super Duper) são ultra engajados no aleitamento. Ela tem um dos textos mais geniais que já vi a esse respeito.
    Mas sermos a favor e incentivadoras do aleitamento não significa que devemos ficar caladas frente ao ocorrido.

    8- Posso linkar seu post como contraponto do nosso lá na lista de blogs que falaram do assunto?

    Beijos

    Calu

    ResponderExcluir
  9. Bom, eu particularmente, se tivesse tido filhos, ao amamentá-los em público, procuraria ser discreta e proteger meu corpo e meu filho. Acho digno isso e respeitoso com quem está ao seu lado.
    Não vejo nada demais em amamentar em público; como alguém falou, o ato é tão natural que nunca deveria ter dado tanta confusão.
    Esse é o meu achismo.
    ;)

    ResponderExcluir
  10. Oi Sherol!

    Você sabe que adoro você, né? Até fez participação especial no meu blog :) Então não leve a mal o que vou colocar aqui, é só a continuação do debate saudável, tá?

    Na verdade a blogagem não é fruto só do que aconteceu com o CQC. Como a Calu colocou no texto, é fruto de todo um histórico de acontecimentos. A "piada" foi apenas a gota d´agua.

    Mas sabe, não entendo o seu modo de ver as coisas. O cara que comparou amamentação com masturbação merece um esporro público, mas o que disse que as mulheres deveriam amamentar dentro do banheiro não merece? E porque o programa é humorístico devemos aceitar calados tudo o que eles dizem?

    Eu particularmente sou contra essa história de que não devemos protestar sobre determinada coisa, pq existem coisas muito piores. Se formos seguir esta linha de raciocínio, não deveriamos protestar com mamaços por aí, afinal a miséria no mundo é algo muito pior, certo?

    Eu acho que a coisa funcionou mais ou menos assim: se vc também se sentiu ofendida, venha postar conosco sobre isso. Juro que se vc continuar se sentindo ofendida pelo Zorra Total eu te ajudo a fazer uma blogagem coletiva sobre isso, tá? Aliás, vi em algum lugar que no dia 6/6 vai ter uma sobre a exposição da mulher pela mídia, ou algo do tipo.

    Agora juro que fiquei sem entender a coisa da perseguição, onde vc viu? rsrs

    Beijocas
    Tati

    ResponderExcluir
  11. Bom, enquanto marido da Sherol, mas neste caso, muito mais homem do que marido, também me posiciono a favor da amamentação em público. Se o cara vê problema numa mulher fazendo um ato tão natural como amamentar o próprio filho, sim, esse cara tem um problema. E grave. Se esse cara não respeita as mulheres, tratando-as como objetos, como pedaços de carne que lhes deve obrigações sexuais, sim, esse cara tem problemas realmente muito graves. E muitos desses problemas passam pela educação recebida, pelos meios onde cresceu e consequentemente aprendeu, etc. Enfim, essa já é outra discussão.

    Voltando a discussão que originou esse post, me pergunto: Como vou pregar o respeito a minha causa, mandando pessoas a “puta que o pariu”? Peraí, não é sobre “RESPEITO” que estamos falando? Ok, então eu sou negro, e sofro com pequenos preconceitos do dia a dia, com pré definições sobre a minha pessoa por gente que não me conhece. Sabe o que vou fazer? Vou mandar toda a pessoa branca que eu ver com uma atitude racista a “Puta que o pariu”. Não importa se essa pessoa faz um serviço voluntário, ajuda creches e asilos ou sei lá de que outro jeito ele possa ajudar as pessoas, vou manda-lo a merda e pronto, pois depois de uma atitude racista ele acaba de ser banido da classe “humana”, independente da educação que tenha recebido e dos meios onde vive. Pois a minha causa, ela não apoiou.

    Gente, muita calma nessa hora. Alguém teve a idéia de mandar um texto para o Rafael Bastos (deixo o Rafinha para os íntimos), divulgar o mamaço. E ele fez piada sobre o assunto. Ponto. Detalhe, ele é um COMEDIANTE. Gostando ou não do que ele faz, ele é um COMEDIANTE. Sendo engraçado ou não, ele é um COMEDIANTE. Tendo ele sido considerado a pessoa mais influente do Twitter ou não, ele é um COMEDIANTE. Ele poderia dar uma baita mão a causa? Sim, poderia, mas não deu, paciência. Queria ver se ele tivesse divulgado o mamaço, aí automaticamente ele seria um ídolo da causa?

    E a propósito, não é por ele ser um humorista que devamos aplaudir tudo o que ele diz. Por ele ser humorista, não devemos levar tudo o que ele diz a sério. Até porque não considero o Rafael um formador de opinião. E muito menos um humorista. Um dos motivos pelos quais assisto o CQC é justamente considerar o fato de eles fazerem piadas sem mostrar uma única bunda em tela inteira, como faz o Pânico. Como fazia a Zorra Total, no quadro mencionado pela Sherol. Como fazem os programas de auditório que colocam mulheres a dançar seminuas como “assistentes de palco” para levantar audiência. Nem sempre o CQC é feliz nas piadas, mas acho válida a tentativa.

    Por outro lado, concordo que esses acontecimentos devam vir a público. Isso deve ser divulgado, as pessoas precisam saber disso. Mas gente, por favor, não percam o respeito. Sabe qual a única coisa que impede uma marido bêbado e violento de bater na sua mulher para aliviar suas frustrações? O respeito. Se beber causasse problemas tão graves a nossa capacidade de julgamento, ele não seria considerado um agravante nos crimes de trânsito. Logo, o cara não bateu na mulher só porque bebeu, ele bateu na mulher porque não a respeita. Quando perdemos o respeito pela pessoa a qual amamos, convivemos ou interagimos, perdemos tudo, não sobra mais nada. E o próximo passo é a violência.

    A propósito, respeito a opinião de todos, mesmo os que direcionaram ofensas pessoais a figura do Rafael Bastos e Cia. Apenas acho errado e contraproducente. Já imaginou se resolvêssemos todos os nossos problemas dessa maneira...
    A questão principal que é o mamaço, e que contará certamente com a minha presença e da Sherol, me parece ter ficado em segundo plano. A minha interpretação sobre o texto da Sherol é, com todas as letras: VAMOS DAR MAIS VALOR AO QUE REALMENTE IMPORTA.

    Sds,
    Cristiano

    ResponderExcluir
  12. Oi Cristiano.
    Quem ofendeu a Sherol aqui?
    Pelo contrario, todas gostamos muito dela....
    So estamos debatendo pontos de vista, de maneira saudavel e respeitosa.
    Bjos
    Calu

    ResponderExcluir
  13. Bom dia Calu.

    Acho que não me fiz entender. Ninguém aqui ofendeu a Sherol e sim ao Rafael Bastos e companhia. Pensei que isso tivesse ficado claro quando disse: "Voltando a discussão que originou esse post..." e "... respeito a opinião de todos, mesmo os que direcionaram ofensas pessoais a figura do RAFEL BASTOS e CIA...".

    Aliás, jamais me arriscaria a fazer "intervenções" nas discussões da Sherol, pois se existe algo que essa mulher sabe fazer, é se defender e principalmente argumentar ;o)

    Também estou aqui apenas para debater o assunto de maneira saudável e respeitosa.

    Abraço.

    Sds,
    Cristiano

    ResponderExcluir
  14. É isso aí, liberdade de expressão e força de opinião. Concordo e acrescento: a palhaçada serviu para dar visibilidade a algo que não tinha nem ido ao ar em rede nacional, mas apenas na web, após o programa.
    Quer saber? O "Rafinha" (vai saber se o Rafael Bastos de verdade pensa assim, mesmo) fez um favor com seu comentário, que por mais infeliz que tenha sido, fazendo então parte ou não do personagem dele, tirou o povo da inércia e trouxe a discussão para um público bem mais amplo. E, se alguém tinha a ideia de estar prejudicando o cara, com toda essa mobilização, o tiro saiu pela culatra, é exatamente o que ele quer. Mas ainda acho que o saldo é positivo pelo debate, que é sempre melhor que uma velha opinião formada sobre tudo.

    Mais em http://escrivinhadoradenoticias.blogspot.com/2011/06/ate-onde-vai-liberdade-de-opiniao.html

    (Onde também reproduzo o texto do David Coimbra, mas essa parte quem já leu aqui, pule.)

    ResponderExcluir
  15. A propósito...
    ... com esses posts já não aderimos à blogagem coletiva?

    ... o maridão aí ficou bem na foto com a patroa. É isso aí! Enquanto isso o "Rafinha" deve estar apanhando da mulher, que foi mãe há bem pouco tempo...

    ResponderExcluir
  16. Ufa! Achei que só eu tinha a mesma opinião em relação a tudo isso. Estava me sentindo uma traidora do movimento mãe que amamenta / amamentou por não ter aderido a blogagem coletiva.

    Não gostei de algumas declarações do Rafinha, achei algumas absurdas, mas também não me senti a vontade com as declarações da Lola e de muitas amigas. Acho que o desrespeito rolou dos dois lados. Como já disseram esta papagaiada toda serviu para discutirmos o assunto de forma saudável.

    "O respeito é o moinho que move o mundo."

    :-)

    ResponderExcluir
  17. Gente Amada!!

    Não dei conta de "comentar os comentários", fiquei felizmente supresa com a participação de todos e em breve posto aqui algo sobre isso!

    Bjs e obrigada!!

    ResponderExcluir